Quinta-feira, 4 de abril de 2013, atualizada às 14h28

Em greve, servidores do Fórum protestam e relatam precariedade

Raphael Placido
Repórter
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Em greve há duas semanas, os funcionários da Justiça voltaram a protestar em frente ao Fórum Benjamin Colucci, no início da tarde desta quinta-feira, 4 de abril. A paralisação segue por tempo indeterminado. Além do reajuste salarial, os funcionários reclamam da precariedade das condições de trabalho.

Na sala dos oficiais de justiça chama a atenção o fato de, em pleno 2013, não haver computadores. Eles trabalham com máquinas de escrever, sendo que apenas duas ainda funcionam.

O diretor regional do Sindicato dos Servidores da Justiça de Minas Gerais (Serjusmig), Amaury Debussi, conta que a principal reivindicação não é salarial. "Queremos trabalhar em um local digno. Há aparelhos de ar condicionado que nunca passaram por manutenção ou limpeza. E a estrutura é muito precária. Um dia desses uma parte do reboco caiu na cabeça de uma mulher", diz, apontando para um grande buraco (foto abaixo) na entrada do prédio pela avenida Barão do Rio Branco. Além disso, há denúncias de falta de veículos para transportar os Oficiais de Justiça, que precisam usar o próprio carro ou pagar táxis.

Segundo o oficial judiciário, Gustavo Trindade, a categoria optou por seguir com a greve por tempo indeterminado. "No dia 10 haverá outra rodada de negociações. Acima de tudo, queremos mostrar que não é uma greve irresponsável. Não impedimos ninguém de entrar no Fórum, e os serviços estão sendo mantidos. Já nos foi prometido um novo prédio, mas não há avanços. A precariedade acaba afetando não só os trabalhadores, mas também a população. Além disso, queremos a contratação de mais servidores. Há uma grande tendência á terceirização, mesmo com concursos ainda valendo", reclama.

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