Bancários fazem protesto contra o ass?dio moral no trabalho

Bancários fazem protesto contra o assédio moral no trabalho

Uma manifestação contra o assédio moral no trabalho foi realizada no Centro de Juiz de Fora, nesta quarta-feira, 11 de abril, pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas. Segundo o secretário-geral do sindicato, Carlos Alberto Nunes, o protesto foi motivado por denúncias de assédio, por parte de uma gerente de uma agência bancária, contra funcionários.

Nunes explica que, de acordo com as reclamações, a gerente tem exigido excessivamente o cumprimento de metas. "Ela fica falando para os funcionários que quem manda é ela. Exige o cumprimento das metas além do normal, deixando os trabalhadores acuados." De acordo com o secretário, até uma líder sindical teria sido vítima do assédio na agência.

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Outra reclamação, apontada pelo sindicato, é que a gerente tem selecionado alguns clientes, que estão na fila, para entrarem na agência antes do horário da abertura. Essa ação inflige a lei e fere a norma do Banco Central de que, em cidades acima de 200 mil habitantes, as agências bancárias devem abrir das 11h às 16h, conforme afirma Nunes. "É ilegal abrir a agência antes do horário. Além de ser discriminatório, porque ela seleciona alguns clientes, fere determinação do Banco Central, que regula o horário."

Nunes afirma que os funcionários estão sendo obrigados a chegarem mais de uma hora mais cedo. "Com essa decisão da gerente, os funcionários estão tendo que chegar mais cedo, e chegam porque não sabem se haverá retaliação. Tudo isso gera um transtorno muito grande para a agência e para a vida do trabalhador, que utiliza o horário vago para fazer as atividades pessoais."

Próximo passo

De acordo com o secretário, o sindicato vai preencher um questionário para confirmar as denúncias apuradas e encaminhá-las para Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Posteriormente, se comprovada as denúncias, a federação comunica ao banco para que o problema seja resolvido. "Vamos investigar essa ação, que não pode existir. Há alguns dias temos recebido reclamações. Obviamente não vamos expor os funcionários, mas vamos encaminhar as denúncias à Fenaban."

*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken