Com fotos de Matheus Goldoni estampadas na camisa e com o grito "Quem traiu vai pagar, na fé de Deus. A judaria que fizeram com o mano Matheus. Ah não, o Goldoni não. Já está fazendo falta no bonde dos maridão", dezenas de pessoas, entre amigos e familiares, fizeram uma manifestação, nesta sexta-feira, 28 de novembro, em frente à Câmara Municipal de Juiz de Fora, intitulada Luto Goldoni.

Entre faixas e apitos, o grupo desceu o Calçadão da rua Halfeld, em um ato de paz, como nomeou o amigo de Matheus Goldoni, Douglas Siqueira. "A violência está demais em Juiz de Fora. Estamos aqui pelo Mateus, nosso amigo, mas também queremos alertar à população sobre esse cenário violento. Pretendemos, até que o caso se encerre, fazer uma homenagem toda semana para o Matheus. Não vamos ficar calados", diz, emocionado.

• Caso Matheus: Depoimentos de testemunhas contradizem seguranças de boate

• Matheus Goldoni morreu afogado, afirma delegado
• Delegacia de homicídios investiga caso do jovem morto ao sair de boate em JF
• Encontrado corpo de jovem desaparecido em saída de casa noturna

Pedindo justiça e com a esperança de saber a verdade sobre o caso do filho, que comoveu toda a cidade, a mãe de Matheus, Nívea Goldoni Soares Ribeiro, 42, afirma estar acalentada com tanto apoio. "Estou satisfeita com o rumo das investigações. O delegado tem nos dado atenção. Sinto que a verdade está vindo à tona. Espero, angustiada, por essa informação."

Segundo Nívea, amigos e anônimos tem ajudado a família. "Muitas pessoas querem dar depoimento, isso é muito bom. Até agora, não posso culpar ninguém, mas a informação que eu tenho é que meu filho saiu da casa noturna perseguido por seguranças. Eu vou ficar no pé do Privilège e não vou desistir", acrescenta.