Experiências de Estudantes do Mundo

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Experi?ncias de Estudantes do Mundo
Ivan Bilheiro 21/11/2013

Experiências de Estudantes do Mundo

Atualmente, há diversos canais através dos quais os estudantes podem buscar uma complementação (ou até mesmo a integralidade) de sua formação fora do país. Desde cursos rápidos de idiomas – com imersão na prática cotidiana –, passando por oportunidades de cursos livres, estágios, intercâmbios de graduação, até os chamados "períodos sanduíche" para mestrados e doutorados. No âmbito da graduação, por exemplo, há o programa de mobilidade internacional Ciência sem Fronteiras do Governo Federal; bem como os programas institucionais disponibilizados por cada Universidade, como é o caso do Programa de Intercâmbio Internacional (PII) da Secretaria de Relações Internacionais da UFJF.

A experiência internacional, contudo, demanda um amplo e profundo planejamento, que requer antecipação e organização. Tratar da documentação requerida, seleção de empresas prestadoras de serviços (agências de viagens, seguradoras, empresas aéreas, agências de vistos...), acompanhamento de câmbio monetário, investigação sobre infra-estrutura do local de destino, arrumação de malas, busca de informações sobre clima, etc.

Mas o que oferece esta "ida ao mundo" dos estudantes que se aventuram nas viagens internacionais com fins acadêmicos? Pode-se fazer, para a resposta, uma divisão (artificial) em três grandes áreas. Em primeiro lugar, naturalmente, estas viagens proporcionam a formação em contextos educacionais diversos, inserção em novos paradigmas formativos, contatos profissionais, atualização de conhecimentos, etc. Estas são as vantagens em termos de educação strictu sensu, isto é, acadêmicas.

Na sequência, há a experiência que pode ser chamada de turística. As portas do "mundo" se abrem para estes estudantes aventureiros, e os passeios, as visitas a locais turísticos, as experiências de viagens constituem, por si, um forte atrativo para que muitos jovens se insiram nestes programas de intercâmbio ou similares. Em paralelo à formação strictu sensu, portanto, há o enriquecimento cultural amplo, proporcionado pelo turismo.

Mas há um terceiro ponto, o que pode ser chamado de um "lastro formativo" (aqui, na formação em seu sentido amplo), um ganho de maturidade que todos os estudantes destes programas conhecem bem e compreendem o valor. Sair da zona de conforto, sofrer o deslocamento cultural e se enriquecer com ele. Estabelecer contato com culturas diferentes, encarar desafios de morar longe da família, dos amigos. Conhecer novas pessoas, lidar com jeitos diferentes, participar de atividades atípicas com relação à vida antes do intercâmbio... Além disso, atentar-se a questões que antes não faziam, usualmente, parte dos temas de preocupação: responsabilidades financeiras, solidariedade emocional, preocupação com segurança, planejamento de tempo, estabelecimento de um novo grupo de convívio...

Nestes três pilares está sustentada a experiência de um período formativo em nível internacional. São fortes atrativos para que os estudantes busquem esses canais de complementação formativa. Valem a pena, e proporcionam um engrandecimento único, porque toda a experiência volta com o estudante, como bagagem de vida. Ser "estudante do mundo" requer muita responsabilidade e maturidade, mas as recompensas são incontáveis.


Ivan Bilheiro é Licenciado em História pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), instituição na qual cursa a licenciatura na área. Especialista em Filosofia pela Universidade Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Ciência da Religião pela UFJF.