Vale do Ip? pode perder unidade de conservação ambiental

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Vale do Ip? pode perder unidade de conserva??o ambiental

Carta do Leitor

Vale do Ipê pode perder unidade de conservação ambiental

27/02/2020

Os moradores do bairro Vale do Ipê, em Juiz de Fora, estão preocupados com a lentidão da Prefeitura em aceitar a doação de uma área de Mata Atlântica com mais de 45 mil metros quadrados - foto ao lado mostra área a ser doada em verde; para criar uma unidade de conservação ambiental no bairro. A proposta foi feita por uma empresa há mais de um ano, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado com o Ministério Público Estadual para compensar o desmatamento que houve na região em 2015.

O prazo, que termina no dia 4 de março, está prestes a vencer e, até o momento, a Prefeitura não se manifestou. Os moradores estão mobilizados porque é uma grande oportunidade de a área urbana de Juiz de Fora ganhar mais uma unidade de conservação e preservação de Mata Atlântica.

Com o avanço da construção civil, este seria um excelente momento para proteger uma área de mata na cidade. Caso venha se confirmar essa omissão do Município, a perda será grande, não só para os moradores dos bairros Vale do Ipê, Borboleta e Democrata — os mais próximos da área —, mas para toda a população de Juiz de Fora.

O fragmento que está para ser doado tem uma grande importância ecológica porque faz conexão entre as matas do Morro do Cristo e a mata dos bairros Fábrica e Monte Castelo, criando um importante Corredor Ecológico Urbano, refúgio para a fauna e flora.

A inércia do poder público poderá trazer prejuízo para a conservação ambiental. Essa é uma oportunidade única para receber uma área de Mata Atlântica urbana para preservar e proteger. E a região seria duplamente penalizada: quando perdeu mais de 300 árvores e agora, quando a prefeitura não se manifesta para aceitar a compensação do impacto nesta região.

A associação dos moradores — SPM/Vale do Ipê — já protocolou um documento dirigido à Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (SEMAUR), em que se oferece para apoiar e auxiliar na gestão da unidade, inclusive mobilizando as populações do bairro e do entorno para se envolverem nos trabalhos. Cabe agora à Prefeitura simplesmente dar o seu “sim” para receber a área em doação.

Artigo enviado pela Sociedade de Pró-Melhoramentos do Vale do Ipê