Governo admite demissão de professores em greve, mas categoria permanece mobilizada
Governo admite demissão de professores em greve, mas categoria permanece mobilizada
Repórter
Mesmo diante do anúncio feito pelo governo do Estado, sobre a possibilidade de demitir professores em greve, a categoria permanece mobilizada na cidade. De acordo com a coordenadora de Comunicação e Cultura da subsede juizforana do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Yara Aquino, em Juiz de Fora e na região a adesão é de aproximadamente 40%. O movimento grevista teve início no dia 8 de abril.
A fim de tentar sensibilizar o governo, professores ocuparam, na tarde desta quinta-feira, 20 de maio, a Superintendência Regional de Ensino de Juiz de Fora. "Nossa intenção era fazer com que a superintendente entrasse em contato com a secretária de Educação, buscando sensibilizá-la. Infelizmente, não conseguimos fazer este contato."
Na última quarta-feira, dia 19, a secretária Vanessa Guimarães admitiu a possibilidade de demissão dos profissionais em greve e contratação de professores substitutos, alegando a ilegalidade do movimento, considerado pelo Tribunal de Justiça. Na data, foi anunciada a criação de uma comissão, formada pelas Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão, Educação e Fazenda, para estudo das reivindicações da categoria, principalmente a readequação do plano de carreira. Contudo, o Sind-UTE não deverá participar das definições.
Para a coordenadora local, as ações tomadas pelo governo do Estado demonstram retrocesso. "É um absurdo querer reprimir o movimento. Um exemplo de retrocesso é o fato de o Governo ter admitido que só fará eleição de diretores no próximo ano, o que já estava definido de maneira diferente."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes