Grupo de voluntários realiza ações no combate é pandemia em Juiz de Fora

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Grupo de volunt?rios realiza a?es no combate ? pandemia em Juiz de Fora
Quarta-feira, 3 de junho de 2020, atualizada às 12h46

Grupo de voluntários realiza ações no combate à pandemia em Juiz de Fora

Jorge Júnior
Editor


Se por um lado a pandemia do novo coronavírus trouxe mortes, medo e muitas dúvidas, por outro, aumentou a rede de solidariedade em todos os cantos do mundo. Em Juiz de Fora, não foi diferente, diversas pessoas e empresas estão trabalhando, voluntariamente, para fazer o bem. É o caso do projeto “JF Contra o Coronavírus”, que reúne profissionais de saúde, professores e alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e integrantes da sociedade civil.

Segundo uma das organizadoras, médica-cirurgiã que trabalha no Hospital de Pronto Socorro (HPS), "o grupo está engajado na aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e insumos para o combate da Covid-19. "Quando percebi o início da pandemia fiquei muito inquieta com que poderia acontecer e procurei uma amiga, a Raquel, para pensar em como poderíamos ajudar. Nós sabemos da fragilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e que teríamos muitas dificuldades para enfrentar algo que estava acontecendo em outros países", diz a médica que preferiu manter sua identidade preservada por acreditar que não é importante citar nomes em uma ação solidária.

Segundo ela, "desde o início sabia que o víeis social faria com que o Brasil tivesse mais mortes do que outros países. A Raquel começou a recolher doações no prédio dela e eu, no meu condomínio. Mobilizamos outras pessoas e ajudamos os hospitais, com álcool em gel e papel toalha”.

Depois do primeiro passo, a voluntária já estava em grupos de WhatsApp nacionais com foco na prevenção, foi aí que ela entrou em contato com um grupo da UFJF. “Eles me chamaram no privado e conversamos sobre os protetores faciais (face shield) que poderiam ser feitos e iniciamos a produção com recursos próprios. Porém, a ação ganhou forças e a UFJF abraçou a causa doando os materiais. Com isso, hoje temos diversos colaboradores atuando nessa produção”, diz.

A viseira

O protótipo foi desenvolvido pelo Grupo de Robótica Inteligente (GRIn) da UFJF  em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. De acordo com o professor e orientador do grupo, Leonardo Honório, o modelo agiliza o processo de produção quando comparado com a fabricação por impressoras 3D. “A partir do primeiro protótipo utilizando impressoras 3D vimos a inviabilidade da produção em larga escala, pois levava de duas a três horas para produzir uma peça. Então, mudamos o projeto para utilizar a máquina de corte a laser que é muito mais rápida”. A média de produção é de 300 unidades do equipamento de proteção individual por dia.