Jovem atleta juizforano é destaque no boxe nacional

Jovem atleta juizforano ? destaque no boxe nacional Com seis meses de treino, Igor Spineli ? vice-campe?o brasileiro de boxe.
Para o futuro, quer conciliar estudo e treino

Ele ? praticamente um novato no boxe e conquistou a medalha de prata no Campeonato Brasileiro de Boxe, que aconteceu em julho deste ano, em Bras?lia. Naquele m?s, Igor Augusto de Andrade Spineli, de 17 anos, treinava h? cerca de quatro meses. "? muito bom ganhar em t?o pouco tempo de treino".

A medalha serviu de incentivo para que ele continue treinando e busque mais medalhas. "Foi muito gratificante conquistar a medalha. Depois da primeira, quero a segunda, terceira, quarta...", diz ele, animado.

Igor come?ou a praticar o boxe por influ?ncia de alguns amigos que j? treinavam. Chegou na academia para ver e n?o saiu mais, ao contr?rio dos amigos, que j? abandonaram o esporte. Ele confessa que conhecia o boxe, algumas de suas regras e costumava assistir a algumas lutas pela televis?o. "Nos primeiros dias foi muito emocionante. Eu n?o tinha id?ia de que treinar era totalmente diferente de assistir", conta.

No come?o, as dificuldades n?o foram muitas. Uma delas foi convencer sua m?e a respeito das lutas. Ela n?o queria que o filho lutasse. Apenas aceitou que ele praticasse o boxe como uma atividade f?sica. "Antes da medalha, convenci minha m?e a aceitar. Hoje ? mais tranq?ilo".

Nos primeiros dias de treino, h? cerca de seis meses, sentia apenas algumas dores no corpo e muito cansa?o. Atualmente, treina de segunda a s?bado, durante duas horas por dia. O treino ? composto de aquecimento, alongamento e escola de boxe, quando os atletas aprendem movimenta??o e fazem exerc?cios de sombra. "A sombra ? quando a gente fica socando o ar", explica ele.

E n?o p?ra por a?. Depois de socar o ar, ele treina no saco, faz exerc?cios f?sicos, como abdominal, corrida e pula corda. A escola de combate, quando acontece o enfrentamento no ringue, tamb?m faz parte dos treinos. Para garantir energia suficiente para os treinos e competi?es, Igor controla a alimenta??o, abusando das verduras e prote?nas. "S? assim para ag?entar o treino".

Aos que pensam em come?ar a praticar o boxe, Igor diz que ? importante querer, ter vontade, pois n?o ? f?cil, principalmente subir no ringue para lutar. "? preciso ter coragem", ressalta ele. Para se proteger, usa capacete, ataduras nas m?os, luva, sapatilha, cal??o e camiseta nas lutas. Tamb?m ? importante retirar todos os acess?rios, como pulseiras, cord?es e brincos.

Futuro no esporte

Igor ainda cursa o 2? ano do 2? grau e tem uma certeza: n?o quer abandonar o boxe. Para conciliar melhor as duas atividades, ele pensa em fazer a faculdade de fisioterapia. "Assim, tamb?m fico pr?ximo ao esporte".

Ele torce para que o esporte seja mais divulgado em Juiz de Fora e para que os patrocinadores queiram investir. "Quando viajamos, a academia cobriu os custos. Seria mais interessante se a gente tivesse patroc?nio".

Sobre o fato de o boxe ser associado ? agressividade e viol?ncia, Igor diz que, realmente, ? um esporte violento, mas isso n?o significa que quem o pratica seja agressivo com os amigos, com a fam?lia ou com outras pessoas. "Somos pessoas calmas", enfatiza.

Ele diz que o esporte tem muitas vantagens e conta que sentiu uma s?rie de melhorias para sua vida nos ?ltimos meses. O atleta se alimenta melhor, tem um bom condicionamento f?sico e sente que seu relacionamento com as pessoas tamb?m est? melhor. "Todo mundo dizia que eu era distante das pessoas, que eu chegava calado e sa?a do mesmo jeito. Agora, me relaciono melhor com os outros".