Educação enquanto caminho emancipatório: autonomia, racionalidade e reflexão
A educação entendida simultaneamente como autonomia, racionalidade e possibilidade de ir além da mera adaptação se configura enquanto “emancipação”, pois contribui de modo fundamental na vida do sujeito e/ ou cidadão e de forma extensível na sociedade.
O processo educacional enquanto processo emancipatório deve ir além de uniformização que, por meio de currículo, aulas, saberes pré-estabelecidos, comportamentos esperados como propósito de definir um padrão de ser humano condizente com as “verdades” dominantes e por interesses políticos, de estado, de institucionalizações, religião, ideologias de mercado ou qualquer representação que doutrine o ser humano.
Nesse sentido, a educação deve ir além do manipulável e da mera adaptação, ela deve colaborar para o processo de formação e, fundamentalmente, para emancipação, contribuindo para criar condições em que os indivíduos, socialmente, conquistem a autonomia. Qualquer “modelo” de educação que se pauta pela formalidade e uniformização (imposição de padrões) impede ao educando de emancipar-se.
Podemos trazer à baila Adorno (1903 – 1969) expoentes da chamada Escola de Frankfur, que aponta o fato de que a educação jamais pode fixar-se em modelos pré-estabelecidos, isto é, em modelos de ensino. Essa modelagem, de acordo com o autor, formaliza a educação, o que a impede de se desenvolver, e, portanto, de tornar-se crítica de si mesma. Quando a escola não está aberta para refletir-se criticamente, ela se comporta tal como as fábricas, colocando-se distante do aluno e tratando estes como se fossem “objetos”.
Mediante ao exposto gostaria de, com muito prazer, inserir em nossa reflexão a colega Jhully Pessoa (Coach em Desenvolvimento Humano). Ela nos proporcionar algumas reflexões em relação a temática levantada.
Ao utilizamos as palavras DOMESTICAR e ADESTRAR, logo nos remete aos animais, quando esta pratica é realizada o adestrador retira a vontade própria do animal e se submete a um regime de acordo e nunca um saber reflexivo.
Educação Domesticada é a influência psicológica sobre o outro indivíduo, da qual ele não exerce suas próprias vontades, sendo reprimido, isto leva a números elevados de alunos que terminam o currículo escolar sem propósito pessoal e profissional.
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Todo indivíduo encontra seu caminho e propósito ao se tornar emancipado, ou seja, autônomo de si mesmo, a falta de autonomia em suas próprias atitudes pode ser uma das principais causas que levam as pessoas a procura de psicólogos, terapeutas e psiquiatras, ainda assim o ser humano tem o habito de procurar ajuda no ápice do problema, o que demandará um tratamento longo para se encontrar a causa raiz deste problema.
Sabendo-se que EDUCAÇÃO tem sua base no pessoal e na formação do caráter do ser humano, INSTRUÇÃO tem a ver com a formação da inteligência, e como dizia filósofo cristão Huberto Rohden: um homem instruído nem sempre é educado. Porque o Brasil está chamando de Educação, se nossas escolas seguem uma grade curricular do MEC, que apenas possui instrução?
Emancipação, Autonomia e Humanização é o pilar da liberdade e democracia, em que o ser humano desenvolve o pensamento próprio, o agir da consciência, e atua de maneira deliberada conforme aquilo que pensou. Emancipar nossas escolas, nossas casas, nossas empresas é criar cidadãos autônomos de suas próprias vidas é libertar o ser aprisionado, treinado e adestrado a ser apenas obediente, é libertar a geração da ansiedade e depressão, segundo dados da OMS o Brasil possui a maior taxa do continente latino americano de pessoas com depressão e ansiedade.
Com esse viés da emancipação incluída na educação podemos despertar a consciência crítica, a criatividade o autocontrole, a resiliência, a cidadania, empatia e contribuiremos para o desenvolvimento pessoal e profissional do sujeito enquanto cidadão. E mais do que isso, vamos construir uma sociedade mais reflexiva e nos tornaremos mais saudáveis em todos os sentidos.
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