Lula e Dilma levam 15 mil para o terreirão
Repórter
Na noite desta sexta-feira, 17 de setembro, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva completou sua passagem por Juiz de Fora em um comício no terreirão do samba ao lado da candidata à presidência pelo PT Dilma Roussef. Ao lado da dupla, também estavam o candidato ao governo de Minas Gerais Hélio Costa, seu vice, Patrus Ananias e o candidato ao senado federal Sandro Pimentel. Candidatos à deputado federal e estadual também dividiam a cena.
Com um público estimado pela Polícia Militar (PM) de 15 mil pessoas, a bancada petista clamou por um governo mais humano e voltado para os pobres, baseado em políticas sociais, como introduziu Ananias em seu discurso. "Minas precisa de programas sociais. Governar para todos. Nossa opção é para os pobres, priorizando os que mais precisam."
Afim de relembrar os bons momentos do governo de Lula, Costa reafirma a intenção de dar continuidade nos programas sociais que mudaram o Brasil. "Quarenta milhões em atuações pelo governo Lula; R$ 125 milhões que o governo colocou no PAC [Programa de Aceleração de Crescimento]; três mil jovens na universidade através do Prouni [Programa Universidade para Todos]", disse.
Um ponto bastante discutido recentemente, principalmente em época eleitoral, e lembrado por Costa é a situação do Aeroporto de Goianá. O candidato ao governo pontua que a Zona da Mata e o aeroporto estão esquecidos há oito anos e que uma revolução está por vir. "É o começo de uma verdadeira revolução. Perdemos quatro empresas."
Bastante enfática e diferente da serena Dilma da propaganda eleitoral, a candidata ao primeiro cargo de "presidenta", como ela mesma se afirma, exaltou Minas e disse ter aprendido a lutar com os mineiros. "O que aprendi na vida, aprendi neste solo. Durante a ditadura passei quatro meses presa aqui. Me orgulho disso, pois me lembro da generosidade do juizforano", destaca.
Sobre a possibilidade de sua sucessora adentrar no Palácio do Planalto, Lula salienta que o Brasil encontrou seu destino. "Minas e o Brasil são locais onde não há lugar para preconceito e discriminação. Minas vai mostrar que não tem preconceito com a primeira mulher que vai ser presidente desse país." Momentos depois, o presidente pergunta para a plateia: "uma mulher pode ser presidente? E eu ouço as vozes de vocês."
Em determinado momento, Luiz Inácio apontou que determinados veículos de imprensa apoiam partidos e espalham mentiras, no entanto, em relação aos questionamentos sobre os recentes escândalos na Casa Civil, o presidente se esquivou na tarde desta sexta, deixando as respostas para o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Por fim, Lula garantiu uma decisão consciente nas eleições. "O povo aprendeu a andar com suas pernas e não precisa mais que ninguém ande por eles."