UFJF começa ciclo de debates para discutir a utilização do Enem
UFJF começa ciclo de debates para discutir a utilização do Enem
Repórter
A série de cinco debates para definir como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será utilizado no próximo vestibular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) teve início nesta sexta-feira, 11 de junho.
No primeiro debate foram ouvidos os coordenadores da área de Ciências Exatas e de Engenharia. Foram apresentados os dados da adesão do Enem no último vestibular, no qual a UFJF utilizou o resultado como alternativa de substituição da nota da 1ª fase do concurso.
Segundo o pró-reitor, Eduardo Magrone, serão realizados mais quatro debates para ouvir, respectivamente, a área de Ciências Sociais e Humanas, Saúde, Colégio João XXIII e representantes dos cursos pré-vestibulares da cidade. Após os debates, no início de julho, uma comissão se reunirá e decidirá se o Enem será utilizado e qual a forma de adesão.
Magrone afirma que a avaliação da UFJF em relação à utilização do Enem no ano passado foi positiva. Além disso, ele elogia a elaboração das questões e a forma de cobrar o conteúdo dos estudantes. "O perfil de seleção embutido no Enem permite a classificação de alunos mais afinados com o conceito universitário. A prova cobra menos memorização e mais conhecimento aplicado".
Caso a UFJF resolva adotar o Enem novamente, o exame pode ser utilizado de vários modos: da mesma forma que no ano anterior, como opção para a 1ª fase, eliminando a primeira fase ou criando vagas para o Enem, conforme é feito com o PISM.
Um outro ponto de vista
Uns dos espectadores dessa decisão são os cursinhos da cidade, que têm seu calendário diretamente influenciado. De acordo com o diretor de ensino de um curso pré-vestibular, Nelson Ragazzi, ainda é cedo para criar qualquer expectativa em relação ao assunto. "Tudo é possível", declara.
De acordo com o diretor de ensino de um curso pré-vestibular, Nelson Ragazzi, existem dois inconvenientes quanto ao Enem. O primeiro é o tipo de prova, que não segue o conteúdo do vestibular, obrigando os cursinhos a darem aulas extras para preparar os alunos. O outro problema é a data da prova que, caso seja cedo demais não dá tempo hábil para aplicação do conteúdo e, caso seja tarde, adia a segunda fase do vestibular e, consequentemente, o início das aulas.
Sobre o fato de a prova abordar o conhecimento aplicado e não a memorização, Ragazzi discorda. "A prova do Enem exige muito raciocínio, tal qual o vestibular. Foi-se o tempo que vestibular era só decoreba", afirma. Para equilibrar as duas provas, ele sugere que a UFJF adote questões parecidas com o Enem.
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