Ex-colunista da ACESSA.com, Matheus Brum lança livro sobre o futebol de Juiz de Fora

Warley Santos Warley Santos 26/11/2019

Recorrendo ao acervo de diversos jornais e revistas do século XX, o jornalista e ex-colunista do Portal ACESSA.com, Matheus Brum, vai lançar o livro “Entre Contos e Crônicas: Tupi "Fantasma do Mineirão", e Sport "Campeão do Centenário de JF", no próximo dia 4 de dezembro, às 19h30, na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Na obra, o autor aborda dois momentos dos principais times da cidade.

Nunca, na história de Juiz de Fora, foi produzido e divulgado um material com tamanha riqueza de detalhes sobre o futebol local. Para chegar neste trabalho final, o autor passou horas no Arquivo Histórico Municipal pesquisando jornais municipais do século XIX e XX.

O produto final é uma obra que conta a chegada do esporte no Brasil, desde o período colonial, e sua popularização dentro da sociedade brasileira, até o aparecimento da bola, com Charles Miller. No desenvolvimento da obra, em uma linguagem rápida e de fácil entendimento, o autor narra o início do futebol em Juiz de Fora, os primeiros jogos locais e o início das rivalidades que permanecem até hoje.

Entretanto, o ponto alto da narrativa se dá nos capítulos dedicados a contar a história do Sport “Campeão do Centenário”, em 1950, e do Tupi, “o Fantasma do Mineirão”, em 1966. Recorrendo às páginas do Diário Mercantil, principal jornal da época, Matheus narra os principais pontos de ambas as conquistas. “O objetivo é mostrar como que a imprensa retratou estas conquistas – consideradas por muitos como as principais de ambos os times – e ajudou no fortalecimento das identidades do “Fantasma do Mineirão” e “Campeão do Centenário”, ambas reconhecidas e usadas por torcedores e jornalistas até o dia de hoje. Como que estes termos sobreviveram a décadas? Quem os cunhou? Essas perguntas são algumas que respondo ao longo das mais de 170 páginas”, explicou Brum.

A obra traz fatos inéditos sobre as duas conquistas, contando, inclusive, sobre o momento histórico de Juiz de Fora, em 1950 e 1966. “Em 1950, a cidade estava em festa. Era o centenário de Juiz de Fora e o prefeito da época, Dilermando Cruz, abriu os cofres públicos fazendo uma série de obras imponentes no município. Já em 1966, o cenário era outro. Juiz de Fora tinha perdido o protagonismo estadual – que se concentrava em Belo Horizonte e no sul do estado – e o futebol sucumbia, com pouco investimento e recordes negativos de público. A única semelhança é a forma como os jornalistas tratavam o esporte: com dedicação e fazendo cobranças duras para a melhoria e fortalecimento do futebol local”, ressaltou o autor. “A ideia é reunir os amantes do futebol juiz-forano e mostrar que preservar a história é extremamente importante. Sport e Tupi têm mais de 100 anos. Diversos personagens passaram por lá. E o tamanho dos clubes, que levam o nome da cidade para os quatro cantos do país, é devido a momentos históricos que precisam ser divulgados e de conhecimento público”, finalizou Matheus.

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