Fechado Com O Tinga

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Fechado Com O Tinga
Lucas Soares 17/02/2014

#FechadoComOTinga

É nojento! Não, pera. Nojo ainda não é palavra ideal. E talvez nem exista uma. Talvez a que mais se aproxime seja abominação. Isso, acho que é abominação. Abominação é a melhor forma de descrever uma atitude de racismo, em qualquer mundo, país ou cultura em que vivemos. Em pleno 2014, um ano de Copa do Mundo, em uma sociedade miscígenada, o pior tipo de preconceito acontece no futebol, o esporte que mais une os povos. Lamentável!

A ofensa racial é àquela da pior espécie. Não atinge somente os negros, ou os brancos, ou os asiáticos ou os indígenas, como é o caso de boa parte dos peruanos. Atinge a maior parte da sociedade evoluída. Porque, a única explicação para quem vê diferença na cor da pele da pessoa, só pode estar preso em um triste e remoto passado. Hoje, e principalmente no Brasil, temos gente de todas as cores e raças. E, no fim das contas, somos todos iguais.

Não adianta alguém tentar me convencer do contrário. Os peruanos, autores deste ato bárbaro, deveriam buscar formas de se redimir por ofender o jogador Tinga, do Cruzeiro, em partida válida da Libertadores, na última quarta-feira, 12 de fevereiro, e implorar para não serem punidos. No entanto, a Commebol, órgão que organiza e regulamenta a competição, é ineficaz e inerte perante qualquer atitude contra os brasileiros, em qualquer âmbito da Libertadores, e dificilmente tomará uma atitude. Mesmo com a intervenção de autoridades brasileiras, considero praticamente impossível as chances de algo acontecer que puna o Real Garcilaso.