Corfebol
Corfebol
A uni?o de homens e mulheres na quadra em um esporte
que mescla carater?sticas de outras modalidades
Rep?rter
22/11/2007
A bola ? de futebol, a cesta lembra o basquete, n?o poder correr com a bola recorda o rugby, mas s?o homem e mulheres que jogam juntos e o contato f?sico fica proibido. Esse ? o Corfebol que com suas regras faz com que o time campe?o seja o de melhor conjunto. Uma modalidade onde a individualidade n?o ganha destaque.
De nome original Korfeball, esse esporte nasceu h? 104 anos na Holanda como forma de fazer que as mulheres pudessem praticar esportes, j? que nesse per?odo apenas os homens figuravam como atletas. Por isso uma regra ? essencial: n?o ? permitido contato f?sico e os times s?o obrigatoriamente mistos.
S?o quatro mulheres e quatro homens para cada lado (veja v?deo). Metade deles no ataque e a outra na defesa. Durante a partida eles n?o podem ultrapassar a linha do meio da quadra. A contra gosto de muitos marmanjos, homem n?o pode marcar mulher e vice-versa. O objetivo ? fazer cestas, cada uma vale um ponto e n?o importa de onde a bola ? arremessada.
A bola com mesma medida e peso que a do futebol ? usada por ser mais leve, o que favorece as mulheres. A cesta ? de vime e ao contr?rio do basquete n?o h? tabela como o ponto de refer?ncia para os jogadores.
Agora, se voc? achou que o mais alto ainda leva vantagem se enganou. Caso
o marcador esteja na frente do jogador que est? com a bola, a uma dist?ncia
de um bra?o (juiz deve visualizar linha imagin?ria), o atacante n?o pode arremessar.
Para o representante do esporte no Brasil, Marcelo Soares
(foto abaixo),
a regra permite a inclus?o de pessoas com qualquer porte f?sico.
"Michael Jordan e Nelson Ned jogariam de igual para igual o Corfebol"
,
brinca.
Al?m de n?o poder arremessar sob press?o, o jogador que recebe a bola n?o pode se movimentar. A ?nica alternativa que ele tem ? passar ou, se estiver com espa?o, tentar o arremesso. Outra diferen?a para o basquete ? que as cestas ficam dentro da quadra a seis metros da linha de fundo. O atleta pode arremessar quando estiver atr?s dela. O tamanho da quadra ? de 40m de cumprimento e 20m de largura.
Quando alguma dessas regras ? quebrada o jogador tem direito a bater um penalti, que
? como o lance-livre do basquete. Marcelo ressalta que a t?cnica de arremesso
tamb?m ? diferente.
Atualmente 56 pa?ses est?o federados ? Federa??o Internacional de Corfebol
(IKF).
O esporte j? ? reconhecido pelo Comit? Ol?mpico Internacional (COI) e luta para ser
um dos esportes de demonstra??o em Pequim 2008. As maiores pot?ncias mundiais
s?o Holanda e B?lgica.
O Comit? Ol?mpico Brasileiro (COB) ainda n?o inclui o esporte como modalidade
ol?mpica em sua lista.
Para Marcelo falta apoio e patroc?nios.
A modalidade foi trazida para o Brasil por um grupo de estudantes na d?cada de
80.
Marcelo conta como se tornou representante do esporte no pa?s.
"Em 1998, eu conheci o esporte e comecei a fazer o poss?vel para dar for?a ? ele
por aqui. Depois de muita luta, em 2003, a IKF, nos reconheceu como pa?s
praticante de corfebol e de l? para c? nossas for?as s?o para arrumar patroc?nio
e apoio",
conta.
Para divulgar o esporte pelo Brasil, Marcelo tem aplicado cursos sobre o esporte
para professores de educa??o f?sica. Um deles aconteceu em Juiz de Fora.
Marcelo acredita que a cidade tem potencial para ser um dos n?cleos do
corfebol.
Marcelo espera que mais professores de educa??o f?sica passem a aplicar
o corfebol nas escolas.
O jogo ? disputado em dois tempos de 30 minutos e tr?s ?rbitros garantem que as
regras sejam respeitas. Marcelo explica que ? a estrat?gia que faz a diferen?a
no placar final.
"Se voc? est? atr?s e seu time
ataca d? tempo para descansar porque s?o sempre oito correndo e outros oito
esperando que a bola ultrapasse a linha do meio campo"
, explica Marcelo.
"O jogador do Corfebol arremessa usando as duas m?o da mesma
forma e fazendo movimento final com o dedo para dar efeito na bola. No basquete uma
m?o arremessa e a outra apenas d? apoio para a bola"
, destaca.
Corfebol no Mundo
"Esse ? nosso pr?ximo projeto. Nossa confedera??o
brasileira ? reconhecida no COI, mas pelo COB ainda n?o. Isso ? p?ssimo para
esporte no pa?s, falta incentivo, mas ainda vamos popularizar o corfebol"
,
acredita.
"Vou batendo de porta em porta, quero
trazer um grande evento internacional para c?, para ver se divulgamos mais a
modalidade. Hoje, tenho uns cinco, seis times no Rio de Janeiro, mas acredito
que vai haver uma expans?o"
.
"S? que eles acabaram n?o conseguindo fazer a modalidade vingar e nem
conseguiram ser reconhecidos pela federa??o internacional da modalidade. Por
isso, j? deixo me chamaram de Charles Muller do corfebol, o homem que
trouxa a modalidade para o Brasil"
, brinca.
Corfebol em Juiz de Fora
"Essa ? uma cidade em que pretendo difundir mais o esporte.
J? conto com o apoio dos professores Fernando Seixas e Igor Moreira. Espero
que outros tamb?m ap?iem essa inciativa. Quem sabe n?o fazemos uma copa de
corfebol por aqui ?"
, se entusiasma.
"? uma cidade movimentada por estudantes, pr?xima ao
Rio de Janeiro, onde hoje o corfebol ? mais praticado. Tenho certeza que o
esporte vai vingar por aqui"
.
"? um esporte din?mico que ajuda na rela??o entre
meninos e meninas. Todos os jogadores s?o importantes e por isso nenhuma
crian?a se sente um mal jogador. O famoso fominha do futebol e basquete
n?o existe nessa modalidade porque sempre tem que passar a bola"
, destaca.
"Ganha quem se movimentar melhor. O jogador n?o tira
vantagem por sua altura e a din?mica ? muito r?pida"
, conclui.