Adultos, jovens ou crianças. Tanto faz! Basta ter um irmão
para que muitas brigas sejam inevitáveis
Fernanda Leonel
Repórter
25/11/05
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"Coisas de irmão". Quem nunca ouviu essa frase para explicar alguma
confusão em casa deve ser filho único, com certeza! Ciúmes, disputa, excesso
de zelo... tudo pode ser motivo para discussão. Mas, para quem pensa que tudo
isso é algo que só faz mal, a psicóloga
Lúcia Bargiona Geara (foto) alivia: "Convivência em casa é
aprendizado; nos transformamos para o mundo através dessas pequenas brigas.
Só não podemos ultrapassar limites".
As brigas entre irmãos
Rosileny Leandro (foto ao lado) tem uma irmã três anos mais velha. Ela
diz que as duas sempre brigaram e que de um tempo pra cá, "na medida do
possível", superaram as inúmeras discussões da infância. "Quando erámos menor, brigávamos de cinco em cinco minutos", comenta.
Rosileny aponta o ciúme como o grande causador dos problemas entre as duas. Ela diz que ela e a irmã sempre tentaram disputar o amor da mãe, os brinquedos ou o espaço na família.
A psicóloga Lúcia Bargiona explica que, na infância, brigas entre irmãos são mais comuns, e que tudo é conseqüência da imaturidade das crianças. Mas ressalta que este desentendimento pode continuar por toda a vida, com diferentes intensidades. "Muitas críticas ou implicâncias podem ficar guardadas no subconsciente da pessoa e, então, vai ser preciso muito amor pra resolver essa questão", explica.
Esse é o caso de Alexandre Barbosa (foto ao lado) e seu irmão
Rodrigo. Para Alexandre, os problemas que teve na infância com o irmão só
pioraram na medida que o tempo passou.
Ele conta que os dois quase nunca se
falam e que nos últimos três anos que o irmão tem morado fora, nunca o
visitou.
Situação contrária acontece com Tiago Prazeres e seu irmão Pedro
Prazeres (foto ao lado). Os dois sempre brigaram na infância e agora
compartilham de uma "cumplicidade total", como o próprio Tiago define. No
caso dos irmãos Prazeres, os problemas de convivência foram superados com a
maturidade: agora eles dividem a vida, os problemas e há um ano e meio, palcos
de shows que a banda fundada por eles faz.
O dilema dos pais
Quando a convivência dentro de casa nem sempre é pacífica, os pais ficam sem
saber o que fazer. "Fico com medo de me posicionar mal na defesa de um dos
meus filhos", comenta Maria de Loudes Castro, mãe de Pedro (9 anos) e
Gustavo (7 anos).
Escolher um lado para defender é realmente uma tarefa difícil. Como alerta a psicóloga Lúcia Bargiona, intervenção no sentido de defesa só deve ser feita se os pais tiverem absoluta certeza sobre quem está errado. Caso haja alguma dúvida, o melhor a fazer é tentar colocar os dois para conversar e pedir que eles exponham seus lados. Caso contrário, a decisão de apoiar um pode piorar ainda mais a situação
Dicas para evitar ou controlar problemas A psicóloga Lúcia Bargiona Geara dá sugestões para os pais que pretendem aprender a lidar melhor com essa situação.
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