Mercado está aquecido com as compras p?s-natal e vevão

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Mercado está aquecido para compras pós-Natal e de verãoPara lojistas, período de trocas é oportunidade de fidelizar. Queima de estoque para o verão começa a estampar vitrines e pode chegar a 50% de desconto

Pablo Cordeiro
*Colaboração
28/12/2009

O período após as festividades e início de ano é sinônimos de fidelização do cliente e oportunidade de aumento nos índices, através de promoções com até 50% de desconto nos produtos. Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL/JF), Vandir Domingos, o comércio apresentou ótima perspectiva no Natal e este período é proveitoso para, além das trocas, conseguir mais vendas.

"Antigamente os lojistas viam o período como um grande problema, mas hoje, em 99% das lojas, a troca é oportunidade de vendas. Quem troca é quem ganhou o presente, então esta é uma ferramenta de fidelizar o cliente com novos produtos." Domingos destaca que até o dia 24 de dezembro, o crescimento nas vendas atingiu 8%, em comparação com o mesmo período de 2008. "Se não fosse a inflação, o crescimento seria de até 13%. Até o dia 31, as vendas e trocas irão refletir em até 13% de acréscimo no montante do comércio", explica.

De acordo com o órgão, os setores que mais se destacaram no final do ano foram os de eletroeletrônicos e de vestuário. "Tivemos um bom final de ano, mas poderia ser melhor. Sem o período recente de fortes chuvas e o cancelamento de eventos decorrentes da Gripe A, o consumo poderia ter sido maior. Além do fato de, no final do ano passado, a economia estar passando pelo fantasma da crise e incertezas, o que impossibilitou um aumento de vendas superior a 15%", ressalta o presidente da CDL. 

Para o economista Fernando Perobelli, o panorama atual no país oferece perspectivas melhores que as do ano anterior. "Hoje, a economia está em recuperação. O mercado financeiro está em crescimento, a taxa de juros básica permanece em um patamar aceitável, a Selic está em 10,75%, e a previsão de crescimento para o PIB [Produto Interno Bruto] para 2010 é de 5,08%. As condições refletem na economia e consequentemente na renda e no consumo", explica. O economista pontua que o otimismo é alto se comparado com 2008, já que a crise econômica gerava sentimento de incerteza nas pessoas, no mercado e nos investidores.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes