Vereadores gastam mais de R$ 1,2 milh?o com verbas indenizatérias em 2017

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Vereadores gastam mais de R$ 1,2 milh?o com verbas indenizat?rias em 2017

Vereadores gastam mais de R$ 1,2 milhão com verbas indenizatórias em 2017

Os três legisladores que mais gastaram foram Castelar (PT) R$ 88.094,84, Ana do Pde Frederico (PMDB) R$ 83.890,45 e Betão (PT) R$ 77.010,40

Angeliza Lopes
Repórter
21/02/2018


Mais de R$ 1,2 milhão foram gastos pelos vereadores de Juiz de Fora em verbas indenizatórias em 2017, conforme apresentado pelo Comitê de Cidadania, durante lançamento da 36ª edição do Informativo Semestral, nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, no anfiteatro da Organização dos Advogados do Brasil (OAB), na rua Marechal Teodoro. O grupo faz parte da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Juiz de Fora e trabalha pela ética na política e a valorização do legislativo municipal. Além dos trabalhos de fiscalização relacionados às verbas, o grupo destacou nesta edição o incentivo ao exercício do voto e cidadania, com campanha voltada para os jovens; pequena representação das mulheres na política partidária do município; e leis aprovadas em destaque.

Os três legisladores que mais gastaram no ano passado foram Wanderson Castelar (PT) R$ 88.094,84, Ana das Graças Rossignoli (PMDB) R$ 83.890,45 e Roberto Cupolillo (PT) R$ 77.010,40. Já o vereador que menos utilizou da verba, foi José Fiorilo (PDT) R$ 16.256,61. Os serviços mais caros são consultoria técnica (R$ 405.324,00), locação de veículo (R$ 259.854,19), combustível e lubrificantes (R$ 202.955,77), aluguel de escritório (R$ 98.631,88); os legisladores ainda possuem gastos com telefone em nome da Câmara, telefone celular, estacionamento de veículo, despesas gerais com veículo e materiais de papelaria, equipamento e viagens. (Confira os gastos de todos os vereadores logo abaixo)

Com orçamento mensal de R$ 8 mil para cada vereador, a verba é destinada às despesas dos legisladores no exercício do mandato, mediante apresentação de nota fiscal para serviços de aluguel de salas e de veículos, lanche, uso de computadores, consultorias, combustível, entre outros. "Há vários anos lutamos pelo fim das verbas indenizatórias. Analisamos e vimos que muitos gastos não se justificam, como as despesas de quase meio milhão com consultoria técnica. Cada vereador já possui oito assessores, escolhidos por eles. Outros abusos, rechaçados pelo Ministério Público de Minas Gerais para parlamentos municipais são as quantias gastas com gasolina, locação de carro ou aluguéis de salas fora da sede da Câmara. Já que o exercício do mandado é na própria cidade, diferente de deputados estaduais e federais, os valores não se justificam”, destaca a presidente do Comitê, Maria Aparecida de Oliveira Corrêa.

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A presidente completa que a saída mais justa para que haja redução destes gastos desnecessários é a realização de licitação para os serviços, o que possibilitaria a redução do valor total para R$ 200 mil. “Ao nosso ver, o valor é mais que justo”. No boletim, o Comitê levantou ranking de oito vereadores que possuem escritórios políticos, dentre eles alguns não atualizaram no Portal da Transparência os endereços destes locais. São eles: Júlio Francisco de Oliveira (PHS), Adriano Miranda de Sousa (PHS), João Kennedy Ribeiro (PMDB) e André Mariano (PSC).

Total 1.264.949,90