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Quarta-feira, 2 de outubro de 2013, atualizada às XXhXX

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Laura Lewer
*Colaboração

As mensalidades de escolas particulares de Minas Gerais podem ficar até 12% mais caras em 2014. O anúncio do reajuste, que deve variar entre 6% e 12%, foi feito nessa quarta-feira, 1º de outubro, pelo Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinep/MG).

De acordo com o presidente do Sinep/MG, Emiro Barbini, cada escola tem uma planilha extensa de custos, na qual 70% da receita corresponde a folhas de pagamento e encargos sociais. Inclusos na planilha, também estão a conservação, limpeza e os custos da parte pedagógica e espaço físico que oferece para seus alunos.

Todas as escolas são livres para fazer suas planilhas orçamentárias de acordo com as necessidades, o que faz com que o reajuste varie de instituição para instituição. "Não há uma Lei que estabeleça um limite para o reajuste. O que acontece é que, quando vivemos uma situação econômica como a que estamos passando, tudo é muito incerto. O próprio salário mínimo pesa muito no valor da planilha, pois é com ele que os funcionários serão mantidos. Essa incerteza faz com que as escolas tenham uma dificuldade muito grande em prever o que vai acontecer e definir seu reajuste.", afirma o presidente. 

Ainda segundo Emiro Barbiri, a planilha deve ser afixada com antecedência de no mínimo 45 dias do início das aulas. No caso de 2014, o limite é 18 de dezembro, já que as atividades começam no dia 3 de fevereiro, mas o prazo poderá causar ainda mais dificuldades para as escolas. "A base de aumento dos professores só é feita no dia 1º de abril de 2014, o que vai obrigar as instituições a estimarem os custos das planilhas nesse sentido, sem terem certeza dos valores. Uma estimativa errada pode comprometer economicamente tanto a escola, que pode ter prejuízos, quanto as pessoas, que podem pagar mais do que deveriam." Uma vez afixada, a planilha não pode ter seus valores alterados durante o ano, independente do que aconteça na economia do país.

Quando se trata de Minas Gerais, Barbiri afirma que o reajuste previsto chega a ser menor que o de outras partes do país, como São Paulo, que deve ter aumento de até 14%. 

 

*Laura Lewer é estudante do 6º período de Jornalismo do CES/JF