Avaliação de desempenho

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Avalia??o de desempenho
André Salles 1/12/2015

Avaliação de desempenho

A Avaliação de Desempenho, em termos gerais, é uma ferramenta da Gestão de Pessoas que visa avaliar o desempenho de um indivíduo ou de uma equipe de colaboradores, em um determinado ambiente organizacional. Trata-se de um processo de diagnóstico e análise do comportamento do colaborador, em relação aos recursos e aos processos organizacionais, em dado intervalo de tempo. Esta tarefa pode ser realizada por diversos tipos de profissionais, utilizando de diversas técnicas, objetivando resultados positivos em todos os setores de uma organização do trabalho.

Acreditamos que a Avaliação de desempenho seja um instrumento de mudança e de aprendizado. Em toda a literatura de Gestão de Pessoas encontramos uma variedade de proposições acerca dos benefícios e dos problemas relativos à utilização deste instrumento. Um dos principais benefícios pode ser descrito como sua participação na "redução ou eliminação de eventuais lacunas entre competências organizacionais e competências individuais" na Gestão por Competências. Um dos problemas surge, por exemplo, quando não damos uma atenção devida à dimensão das representações mentais de todos os envolvidos no processo.

Afirmamos anteriormente que enquanto os nossos pensamentos não forem capazes de ir além dos "hábitos costumeiros" estaremos sempre paralisados pelo medo, não teremos respostas, permaneceremos com aquela "sensação de desorientação diante das mudanças". Precisamos ir além dos simples pensamentos lógicos para abarcar a totalidade do ambiente do trabalho. Estudar ou conhecer a Empresa, o ambiente, não vai envolver a totalidade. Assim, o "pensamento prático" começa sua aparição justamente quando do momento em que percebemos as representações mentais dos colaboradores como forças que afetam qualquer processo organizacional. Tenhamos sempre em mente que dentro de uma organização tudo está em contínuo movimento.

Eis o que devemos evitar: não deixar os fenômenos naturais fluírem; assim, por conseguinte, não deixamos, na maioria das vezes, processos organizacionais se tornarem eficazes. Não nos foi ensinado a pensar com propriedade os movimentos dos fenômenos do mundo exterior e do interior. Nós os detemos racionalmente (os processos naturais e físicos) e os complicamos. E tecemos uma rede muitas vezes nada fácil de organizar. No caso da Avaliação de Desempenho, uma simples fuga do essencial pode comprometer a forma de elaboração, aplicação e mensuração dos dados.

Formulários de avaliação são muitas vezes preenchidos rapidamente e enviados para uma decomposição também em tempo ágil. Detemos o fenômeno físico do tempo e não permitimos o fluir. Criamos barreiras... Lembremos: os pensamentos também estão "nas coisas". Em momento anterior afirmamos e mostramos como isto acontece. Portanto, o avaliando deveria exercitar-se, quando do preenchimento de questionários e ou entrevistas, a trazer para sua consciência o fato de que aquele questionário ou aquele entrevistador foi aquilo ou aquele quem deu 'vida ao processo' e, portanto, merece uma consideração positiva.

Afirmamos anteriormente que a base essencial de um processo organizacional está na representação mental de todos os envolvidos. Para ser mais preciso, o que está por detrás desta representação é que se constitui no elemento essencial para o estudo do Psicólogo: o 'suprassensível'. Muitas vezes colocamos a atenção somente nos elementos manifestados advindos do avaliando (resistência, resiliência, etc); não devemos esquecer que o avaliador também é responsável pelo processo com seus pensamentos quando da preparação, aplicação e mensuração de uma Avaliação de Desempenho.

Não recusamos as possíveis aplicações formais deste instrumento, até procuramos desenvolvê-las, mas queremos ir além do processo físico ali existente. Queremos tratar os pensamentos, ou seja, as representações mentais cuja sede está no interior do homem e que precedem todo o desenvolvimento: preparação, aplicação e avaliação. Buscamos a totalidade do ambiente, todo o 'pensar', todo o 'sentir' e todo o 'agir. Se preferir, precisamos não só buscar eliminar os pensamentos automáticos, mas observar o essencial (suprassensível) que está por detrás das competências organizacionais e individuais, de seus desdobramentos e de todos os seus desenvolvimentos.


André Salles é Bacharel em Psicologia pelo CES/PUC-MINAS, Pós-Graduado Latu-Sensu em Psicologia Fenomenológico-Existencial pela PUC-MINAS, Mestrado em área de Concentração Filosófica pela UFJF, Formação em Docência pelo DETRAN-MG, Educador em disciplinas de Psicologia e Filosofia na Faculdade Sudeste de Minas – FACSUM - 2004/2008, Assessor em Psicologia e Gestão de Pessoas junto ao Instituto Joaquim Soares de Oliveira (Santos Dumont-MG), Cargo Público do Governo Federal, onde atua em serviços na área Operacional de Gestão de Pessoas, Filiado à Associação Brasileira de Psicólogos Antroposóficos, Em Formação Antroposófica e Educação Waldorf – Foundation Courses and Waldorf Certificate Program - Sophia Institute – US.
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