Com gritos para 'taxar milionários', manifestantes invadem zona azul na COP30

Por GEOVANA OLIVEIRA E JOÃO GABRIEL

BELÉM, PA, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na noite desta terça-feira (11), após participação em protesto pacífico sobre saúde e clima, um grupo composto por indígenas e outros manifestantes invadiu a zona azul da COP30, centro diplomático da conferência climática da ONU, que acontece em Belém.

Correndo da polícia e gritando que era necessário taxar os bilionários, pois "é culpa deles que está quente", o grupo conseguiu entrar no Parque da Cidade, sede do evento. Manifestantes também entoaram gritos contra a exploração de petróleo na foz do Amazonas: "Governo Lula, que papelão, destrói o clima com essa perfuração.

"Governo está mentindo que a amazônia está bem, que os indígenas estão bem. Se a gente estivesse com saúde, não estaria aqui reivindicando", diz pajé Na Tupinambá, que presente no momento da confusão.

Os manifestantes passaram pelo checkin da blue zone e ficaram entre o checkin e a entrada. Quando estavam indo para a entrada, a polícia barrou o grupo com um cordão humano. A polícia, que tenta isolar a área, está mandando jornalistas não filmarem ou fotografarem.

Após expulsar os manifestantes, A polícia usou mesas de madeira para criar barricadas nas portas. A segurança isolou a área da entrada principal da blue zone com dois cordões humanos e retirou todas as pessoas que estavam lá.

Um homem sem credencial tentou, no meio da confusão, entrar no local, e foi impedido.

Primeiro, a polícia orientou as pessoas irem para a saída lateral da blue zone. Depois, porém, também isolou a área por um breve período.

Finalmente, liberou a saída por esse local.

A Folha registrou um policial ferido e seguranças tentando impedir pessoas de filmarem a cena.

Movimentação se deu após na COP30, com participação de indígenas, profissionais de saúde e organizações sociais, parte do

Na entrada da zona azul, participantes da conferência pararam para observar e filmar o movimento, que terminou ritual dos indígenas do baixo Tapajós. Desde 2021, a COP não recebia manifestações populares, uma vez que foi sediada em países com governos autoritários.