Decoração natalina por aluguel impulsiona empreendedorismo feminino em Juiz de Fora
Crescimento do setor acompanha mudança no consumo e fortalece trabalho de artesãs como Adriana Lordello, que vê aumento na procura em 2025.
O avanço do empreendedorismo feminino em Juiz de Fora ganha novo fôlego neste fim de ano, impulsionado por iniciativas que acompanham mudanças no comportamento do consumidor. Entre elas, a decoração natalina por aluguel, tendência que vem crescendo na cidade e que tem sido o foco da artesã e empreendedora Adriana Lordello, integrante do grupo Mulheres Empreendedoras e Empoderadas da Estácio há cinco anos.
A preparação para o Natal de 2025 começou cedo para Adriana, que iniciou a produção das peças ainda em setembro. A resposta do público não demorou. “A procura começou em outubro, quando abri o showroom na minha casa. Esse ano de 2025 foi e está sendo proveitoso em relação aos demais”, afirma. Ela destaca que a locação de itens decorativos se tornou uma alternativa cada vez mais atrativa. “A população está mais consciente no sentido de economia e ter novidades a cada ano. Podendo mudar o tema e as cores sem ter que gastar tanto. Fora não ter lugar para guardar toda a decoração”, explica.
Segundo a empreendedora, a busca por praticidade e personalização tem impulsionado o movimento. Para ela, além da questão financeira, existe um fator emocional envolvido. “Parece que as pessoas estão mais motivadas à magia natalina. Decorando o lar ou mesmo o local de trabalho, estimulam a troca de energias para uma confraternização familiar ou entre colegas. Trazendo esperança de um mundo melhor”.
A relação de Adriana com o artesanato vem de longa data. “Tenho 60 anos. Venho de uma família que fazia tudo em casa. Fui criada praticamente no banco da cozinha vendo as tias cozinhando no fogão a lenha”, relembra. O universo manual e criativo acabou guiando sua trajetória. “Quando me vi na oportunidade de fazer o que gosto, que é na área decorativa, me apeguei nisso. Um tempo depois, comecei a frequentar o grupo das mulheres empreendedoras e aí que foi se tornando realmente um negócio”.
Ela afirma que a participação no grupo da Estácio foi fundamental para seu desenvolvimento profissional. “No meu ver, estou evoluindo com os aprendizados. A cada ano desenvolvo mais como empreendedora, pois a ajuda das professoras nos orientando nos chama atenção para coisas que às vezes nos passam despercebidas. Como calcular até mesmo o nosso tempo, que por vezes me distraio nas criações”, comenta. Já planejando os próximos passos, Adriana diz que pretende continuar e expandir. “Vou continuar em 2026, pois tenho certeza de que novidades e aprendizados novos virão para enriquecer cada vez mais”.
A artesã também destaca a força da rede de apoio entre as integrantes do grupo. “Não vejo dificuldade alguma em me relacionar com as outras mulheres do grupo. Cada uma tem seu lugar. Cada ser desenvolve sua criação do seu jeitinho. O bom de ter várias mulheres é que podemos trocar informações boas e as dificuldades que todas passamos”, afirma.
Com a chegada do Natal e a consolidação do modelo de decoração por aluguel, histórias como a de Adriana mostram o impacto da criatividade, da reinvenção e do trabalho coletivo na economia local.