Orgulho da Na??o
Orgulho da Nação
Se o futebol ainda "não anda com as próprias pernas", no basquete, o Flamengo vai muito bem, obrigado. Nesse sábado, a equipe do técnico José Neto conseguiu o tricampeonato seguido, e o quarto de sua história, se tornando o maior vencedor da competição, ao bater a equipe do Bauru, em Marília e fechar a série melhor de três em 2 a 0.
Há alguns anos, o rubro-negro vem fazendo uma boa política financeira no basquete. Quando foi implantado o modelo do NBB, em 2008, havia uma dívida enorme do clube com os jogadores da época, e quase houve um fechamento do departamento de basquete por falta de dinheiro. Alguns jogadores cobravam oito meses de salários atrasados. Em 2009, veio o título da primeira edição do Novo Basquete Brasil. Em 2013, voltou a vencer a "primeira divisão do basquete", e na temporada passada, conquistou todos os títulos que disputou: o Campeonato Carioca, a Liga das Américas, o NBB e a Copa Intercontinental.
Tudo isso é fruto de um trabalho a longo prazo. Na época das "vacas magras", era do futebol que vinha o dinheiro que sustentava o basquete. Com o desenvolvimento de um campeonato forte e com o sucesso de público que sempre lotava as arenas, começou a entrar dinheiro, que consequentemente, deu a oportunidade de montar bons times, chegando a todos esses títulos. Atualmente, o esporte é autossustentável.
Outro ponto extremamente importante é a manutenção da base. A equipe do Flamengo que entrou em quadra no dia 28/09/2014 para ser o segundo time brasileiro a conquistar a Copa Intercontinental, tinha o seu quinteto inicial formado por: Marquinhos, Marcelinho, Meyinsse, Herrmann e Laprovittola, sob o comando de José Neto. Oito meses e um dia depois desse título, o quinteto que entrou no Ginásio Municipal Neuza Galetti, para ser o maior vencedor da história do NBB, tinha: Laprovittola, Marquinhos, Benite, Olivinha e Meyinsse. Na partida de setembro, Olivinha e Benite estavam no banco de reservas e na decisão de sábado, substituíram Herrmann e Marcelinho, que foram banco na final do nacional.
O que podemos trazer do exemplo do basquete para o futebol? Que um trabalho bem feito, campeonatos rentáveis, apoio da torcida, e principalmente, planejamento e trabalho a longo prazo, podem e vão dar certo com o passar do tempo. Em épocas de "vacas magras" no futebol, o basquete tem se tornado o orgulho da nação.
Outros destaques
1º - Tupi empata em 1 a 1 contra o Guarani no Brinco de Ouro da Princesa e mantêm a liderança do Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro. Léston Júnior fazendo um excelente início de trabalho, que pode render bons frutos ao Carijó.
2º - Não estou feliz com a contratação do Guerrero. Mesmo sendo um ótimo atacante, não merece receber a bagatela de R$900 mil por mês, contando encargos e luvas. Sua contratação não mostra que o Flamengo está traindo sua política financeira, mas que está colhendo seus frutos, sendo um dos poucos times do Brasil com condições de fazer contratações desse porte. Insisto que o problema do time é outro, o que ficou claro no jogo contra o Fluminense. É necessário um jogador que saiba comandar o meio de campo do time, só assim o Guerrero vai funcionar. Não adianta ter um atacante milionário no elenco se não tiver um bom jogador para colocar a bola "redondinha" para ele.
Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras", estagiário da Rádio CBN Juiz de Fora e editor e apresentador do programa Mosaico é nascido e criado em Juiz de Fora.