Número de casos confirmados de Gripe A sobe na cidade, mas demandas de internação caem mais de 90%

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Segunda-feira, 9 de novembro de 2009, atualizada às 16h38

Número de casos confirmados de Gripe A sobe na cidade, mas demandas de internação caem mais de 90%

Clecius Campos
Repórter

Juiz de Fora tem 27 casos confirmados de Gripe A (H1N1), segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. O número foi divulgado pelo Comitê de Enfrentamento à doença na noite desta segunda-feira, 9 de novembro, e aponta 1.214 notificações desde julho deste ano.

O boletim aponta ainda 48 casos descartados, 22 óbitos suspeitos e 2 mortes confirmadas. Nove pessoas estão internadas em hospitais da cidade com suspeita da doença, sendo 3 em estado grave. Desde julho, 307 pacientes demandaram internação hospitalar no município.

De acordo com o presidente do comitê, Ivander Mattos Vieira, a diminuição de quase 90% das demandas de internação, em relação ao período crítico da doença é sinal de que o período de maior incidência passou. "No entanto, a doença permanece entre nós, o que deve continuar a ser refletido em números menores. Por isso, as medidas de biossegurança devem ser mantidas."

Segundo Vieira, embora o Ministério da Saúde tenha encomendado 18 milhões de doses da vacina, a serem repassados assim que a imunização estiver disponível, não é possível precisar em que locais e a qual público as doses serão administradas. "A prevenção acaba sendo a melhor arma contra a doença."

Doença cresce no hemisfério norte

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem verificado crescimento no número de casos de Gripe A em diversos países do hemisfério norte (ver tabela abaixo). Na Europa, a circulação ativa do vírus, marcada pelas altas proporções de testes positivos em amostras de secreção respiratória, tem sido registrada com preocupação em países como Bélgica (69%), Irlanda (55%), Países Baixos (51%), Noruega (66%), Espanha (46%), Suécia (33%), Reino Unido (Irlanda do Norte: 81%) e Alemanha (27%). Na Ásia, Afeganistão, Croácia, Mongólia, Tanzânia e Ucrânia começam a registrar as primeiras mortes pela doença.

Vieira recomenda que as pessoas que viajarem para o hemisfério norte tomem as medidas habituais de biossegurança enquanto estiverem na região. "É importante fazer a assepsia das mãos, evitar contato pessoal prolongado e ambientes com aglomeração de pessoas. É essencial também fazer consulta às autoridades sanitárias do local de destino e seguir as recomendações específicas preconizadas por aquele país."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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