Assuntos financeiros contabilizam 8.747 reclamações em Juiz de Fora em 2012

Os dados são referentes ao período de janeiro a outubro. Em 2011, o Procon registrou 9.732 reclamações

Andréa Moreira
Repórter
12/11/2012
Agência do Banco do Brasil

A área de assuntos financeiros lidera o ranking de reclamações, registrando, ao longo do ano de 2012, entre janeiro e outubro, 8.747 cadastros na Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF).

Em seguida, vem a área de produtos em geral, com 5.608 atendimentos; e serviços essenciais, como energia elétrica, telefonia fixa, telefonia celular e outros, com 5.074 atendimentos. A Agência registrou, em 2011, 9.732 reclamações relacionadas à área de assuntos financeiros.

A assessoria destaca, ainda, que dentro destes números existem inúmeros problemas, como o registrado por uma empresária da cidade, que teve dificuldades em transferir a conta bancária de sua empresa de uma agência do Banco do Brasil para outra localizada no município. "Primeiro tentei fazer a migração da minha agência atual para outra. Fui até o gerente da agência para onde eu desejava ir e ele me informou que não teria problema algum. Para minha surpresa, fui informada de que não poderia mais fazer este procedimento", revela, preferindo não ser identificada.

A empresária afirma que a insatisfação com o atendimento oferecido pela agência em que ela faz a movimentação financeira foi o principal motivo para fazer a migração. Então ela tentou outro procedimento. "Retornei à agência para onde eu queria ir e sugeri abrir uma conta lá e continuar com a antiga. Mais uma vez fui surpreendida e informada de que não poderia abrir a conta, já que eu possuo uma em outra agência do Banco do Brasil."

De acordo com a assessoria do banco, neste caso, o gerente não pode se negar a fazer a transferência das contas do cliente. Quando a transferência é realizada entre municípios diferentes, o trabalho é feito por comunicação entre as agências, mas quando é feito dentro da mesma cidade, a manifestação do cliente já é suficiente para que o procedimento se concretize e, para isso, é necessário apenas aguardar os trâmites do banco.

O superintendente do Procon/JF, Carlos Alberto Gasparette, afirma que estas atitudes ferem o Código de Defesa do Consumidor. "Estes impedimentos não existem. A pessoa tem o total direito de transferir a conta de uma agência para outra e até de um banco para o outro, o que chamamos de portabilidade."

Para resolver a questão, a empresária procurou por diversas vezes sua agência e o Procon, além de registrar queixa (veja o procedimento neste link) no Banco Central. "Foram vários os caminhos que eu percorri, até conseguir o que é direito de qualquer cidadão," explica a empresária, sugerindo que as pessoas sejam persistentes. "Em nenhum momento pensei em desistir, pois queria o que era melhor para a minha empresa. Então fica a dica para que as pessoas insistam, corram atrás, que elas irão conseguir", ressalta, informando que a transferência foi facilitada durante a apuração da matéria.

Os textos são revisados por Juliana França

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