Sobe para 114 o número de óbitos confirmados por coronavírus em Juiz de Fora
A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) registrou nesta quinta-feira, 30 de julho, mais duas mortes pelo coronavírus no município, contabilizando 114 óbitos. Uma das vítimas é uma idosa, de 69 anos, que morreu nessa quarta-feira, 29. Ela apresentava como comorbidade, doença cardiovascular crônica. O outro óbito é de um idoso, de 61 anos, que morreu nesta quinta, 30. Ele tinha doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.
Com as atualizações, mais 36 novos casos foram confirmados, totalizando 3.460 pessoas infectadas. O boletim ainda registrou mais 146 novas suspeitas, contabilizando 12.949. Todos os dados são referentes a moradores de Juiz de Fora.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora, até quarta-feira, 29, é de 72,68%. Já a soma de leitos de UTI públicos e privados têm taxa de ocupação de 74,91%, e a ocupação de leitos de Enfermaria chegou a 67,00%. A média do isolamento social no município, dos últimos sete dias, está em 50,12.
Ao todo, existem em Juiz de Fora 1.382 leitos de enfermaria Adulto e 280 de UTI Adulto. Até esta segunda, 70 leitos de UTI e 90 de enfermaria estão ocupados.
JF encerra julho em cenário otimista
Juiz de Fora registrou até esta quinta-feira, 30, 3.460 casos confirmados de covid-19. Nota técnica divulgada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na segunda quinzena de julho apresentava a possibilidade de a cidade ultrapassar cinco mil casos neste mês. Segundo o pesquisador Rodrigo Weber, membro do Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional e um dos autores do estudo, o Município ficou dentro do intervalo de confiança do cenário otimista, que projetava quatro mil casos até o último dia 28: “Isso indica que houve nessas duas semanas maior respeito ao isolamento”.
Para ficar dentro do cenário pessimista, que projetava cinco mil casos até o final de julho, a taxa de isolamento da cidade teria que cair pela metade. “Há 15 dias o isolamento estava em 50%. No pior quadro esse índice cairia pela metade, chegando a 25%. Percebemos que ficamos longe desse cenário nessas duas semanas”, explicou Weber. O pesquisador ressaltou que a nota é gerada com base em modelos de projeção (depende de cenário controlado) e não de previsão (quando, incondicionalmente, algo acontecerá).
Dados do boletim epidemiológico divulgado diariamente pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) apontam que a cidade registrou maior número de casos na semana de 29 de junho a 6 de julho, com 613 novas confirmações. Na seguinte, de 6 a 13, 373 registros. De 13 a 20 de julho, 408 casos. Nesta última, de 20 a 27 de julho, 277.
De acordo com a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea), Cecília Kosmann, houve mudança no quadro apresentado pela cidade em relação ao coronavírus. Entretanto, “apesar de Juiz de Fora registrar menor número de casos novos em relação às semanas anteriores, ainda há alta circulação do vírus. Portanto, é necessário manter as orientações sanitárias, com o uso de máscara, higienização das mãos e de ambientes e isolamento, para os que podem ficar em casa”. Sobre o pico de contágio, Kosmann apontou que “ainda não é possível afirmar que o Município vivenciou este momento no final de junho, tendo em vista o dinamismo da doença. Neste momento, a tendência que se observa em Minas Gerais é de platô, ou seja, estabilidade na média de novos registros”.
Isolamento social em Juiz de Fora
Neste mês, pegando como referência o período de 1º a 29 de julho, o Município registrou média de isolamento de 49,91%, sendo que, na primeira e última semanas apresentaram índices mais altos, de 50,07% e 50,12%, respectivamente. Desde 13 de abril, quando a taxa passou a ser computada, o a cidade não registrou em nenhuma ocasião isolamento inferior a 47%. Estes dados são de domínio público e podem ser encontrados no portal “Covid” da PJF.
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