Espa?o de estimulação para idosos promove a saúde e a integração

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Espaço de estimulação para idosos promove a saúde e a integração

Em Juiz de Fora, a clínica oferece diversas atividades para quem tem mais de 60 anos

Laura Lewer
*Colaboração
14/10/2013

Engana-se quem ainda acha que os idosos não podem ter uma vida ativa, tanto física quanto mentalmente. Educação física, dança, artesanato, jardinagem, música, estimulação de memória, culinária, informática e leitura são apenas algumas das atividades direcionadas às pessoas com mais de 60 anos que procuram clínicas para passar a tarde e manter mente e corpo trabalhando juntos.

Em Juiz de Fora, o espaço de estimulação para idosos Arte de Viver Mais, fundada em novembro de 2012, é exemplo de um ambiente que consegue manter a tranquilidade e o dinamismo ao mesmo tempo. De 8h às 18h, todas as atividades são pensadas para não deixar ninguém parado. "Geralmente associam o idoso com doenças ou até mesmo com a possibilidade da morte. Aqui, são bem acolhidos, se integram a outras pessoas e criam vínculos, se sentindo bem e úteis", diz a fonoaudióloga e sócia da clínica, Vanessa Baldi.

De acordo com Vanessa, atualmente algumas pessoas não querem colocar seus parentes em um sistema de internação, mas em um local onde o idoso vá para passar o dia e se sentir ocupado. Ainda segundo a fonoaudióloga, a maior parte da procura vem dos familiares, mas alguns idosos também chegam até lá por conta própria, como é o caso da dona Terezinha Noronha, de 87 anos, que frequenta o espaço há oito meses, de segunda a sexta-feira. "Me sinto bem aqui. Eu acho que é importante, porque não dá para a pessoa de idade ficar em casa e só sair para fazer compras. Sempre procurei exercícios e atividades, então é muito benéfico." Além disso, dona Terezinha, como é chamada carinhosamente, destaca a facilidade em chegar ao espaço, já que eles oferecem um serviço de transporte para as cerca de dez pessoas que frequentam o lugar. 

Mas o que a família dos idosos pensa sobre esse tipo de local? Segundo Terezinha, sua filha, médica, adora a ideia e até liga perguntando se a mãe está frequentando o espaço nos dias combinados. Para a aposentada Maria Lúcia Ramos, filha de Maria Sebastiana, de 77 anos, que também participa das atividades da clínica, a iniciativa é ótima. "Minha mãe tem um jeito de viver muito alegre, então eu e minhas irmãs procuramos um lugar que a mantivesse ativa e convivendo com as pessoas. O fato de não ser um horário integral facilita, porque também queremos mantê-la perto de nós."

Além de instruir nas atividades físicas e mentais, esse tipo de espaço também é responsável por bons momentos e a criação de laços entre as pessoas. Se depender de Terezinha, são esses laços que a manterão ao lado de seus novos amigos. "Estou aqui até Deus quiser e as meninas me aguentarem", brinca. 

*Laura Lewer é estudante do 6º período de Jornalismo do CES/JF