Gagueira em Adolescentes

Por

Cal Coimbra 21/11/2006

Gagueira em adolescentes - Parte II

Em rela??o ?s dificuldades na fala, na linguagem, na voz e em outras manifesta?es na comunica??o, o importante ? que devemos sempre levar em conta a conduta individual na hora de fazermos avalia??o. A hist?ria de cada pessoa ? que vai nortear toda a conduta terap?utica, desde a entrevista inicial, a avalia??o, o processo terap?utico e o progn?stico.

A entrevista inicial

Em geral nos deparamos com hist?ria de gagueira dos adolescentes iniciada na inf?ncia e que ainda n?o procuraram tratamento adequado, ou ainda casos de tentativa de terapias, mas que n?o obteveram resultado esperado. H? casos, em menor propor??o, de adolescentes que come?aram a gaguejar nesta fase. As frustra?es existem, mas desistir ? o pior caminho a ser seguido.

A hist?ria referente ? gagueira deve ser narrada pelo adolescente ou pelos familiares com a inten??o em colaborar com fatos que possam ser bastante significativos para este momento de entrevista inicial. Devemos entender que todos os dados s?o importantes, portanto, quanto mais rica for a narra??o, melhor para todos.

O fonoaudi?logo estar? atento, ouvindo e valorizando a narrativa. Neste momento devem ser esclarecidas as d?vidas e estabelecidos os passos do processo terap?utico. Todos envolvidos com o tratamento ter?o responsabilidade para facilitar a comunica??o. A pr?pria condi??o de gaguejar j? implica a necessidade de uma uma comunica??o fluente na rela??o terapeuta-fam?lia-cliente.

A avalia??o

A avalia??o inicia-se j? na entrevista inicial. Num outro momento, ap?s ter registrado os dados pertinentes ? hist?ria de vida e da gagueira do adolescente cliente, avalia-se a postura corporal, global e espec?ficas da regi?o orofacial (boca, bochechas, l?ngua, express?o facial).

Na postura corporal, observam-se as tens?es, a respira??o, a flu?ncia da fala, o discurso, os sentimentos, as emo?es. Lembrando-se que todas as informa?es durante o discurso do cliente devem ser relevantes.

O processo terap?utico

Depois da entrevista inicial e da avalia??o, os pr?ximos encontros estar?o dedicados ao processo terap?utico. Em v?rios momentos o fonoterapeuta deve tentar desmistificar a gagueira, desatando os n?s relativos ao preconceito e ?s quest?es j? previamente estabelecidas sobre as f?rmulas de acabar com ela, que n?o existem.

Como ? um processo, na medida em que a rela??o entre terapeuta-cliente for se solidificando, melhor ser? a transforma??o necess?ria ao bom desenvolvimento do trabalho.

O progn?stico

O progn?stico ? um resultado prov?vel do processo terap?utico, que depender? da condu??o dos acontecimentos durante ele. Os dois juntos, fonoterapeuta e cliente podem ir discutindo durante as sess?es os resultados, as dificuldades, todos baseados em dados da realidade, levando em conta a hist?ria do cliente.

Assim, ser? poss?vel fazer uma previs?o sobre o tempo que pode durar o tratamento. ? interessante esta intera??o porque fica mais f?cil e democr?tico dividir as responsabilidades entre os dois.


Cal Coimbra
? psic?loga e doutora em Fonoaudiologia
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