Atrativos de uma Londres cada vez mais cosmopolita

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Atrativos de uma Londres cada vez mais cosmopolita

Tradição, música e futebol: atrativos da Inglaterra cada vez mais cosmopolita

Wagner Daibert, apaixonado pela cultura britânica, conta suas viagens a Londres, Manchester, Liverpool e Edimburgo, e dá dicas para os turistas 

Raphael Placido
Repórter
29/4/2013

Em sua terceira viagem ao Reino Unido, no final de março deste ano, o advogado Wagner Daibert, acompanhado da esposa, Érika, passou 12 dias na Grã-Bretanha, viajando por Londres, Manchester e Liverpool, na Inglaterra; e Edimburgo, na Escócia. Da cultura local, o juiz-forano destaca, como não poderia deixar de ser, a música: "A capacidade musical deles é fora do comum. A maioria das mudanças no cenário musical desde 1960 partiu da Inglaterra. O rock é a música popular deles", afirma. Outro ponto que chama a atenção é a convivência entre o antigo e o moderno. Na arquitetura, por exemplo, as grandes cidades abrigam tanto prédios seculares como arranha-céus futuristas.

Primeira parada da viagem, a capital Londres é obrigatória para quem quer conhecer um pouco mais da Inglaterra. "Na questão cultural, ela é imbatível. É uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Todos os europeus estão lá. Você encontra, facilmente, espanhóis, italianos, poloneses, romenos... Isso sem contar os árabes. Há muitos brasileiros também. Hoje, nesse sentido, Londres é até mais forte que Nova York. E com a vantagem de haver uma maior leveza no trato. O diferente, como o indiano, o paquistanês e o afegão, é tratado melhor e convive com os nativos sem o estresse que acontece nos EUA."

Paixão pela música rendeu encontro com baterista dos Stones

Com um circuito musical amplo e diversificado, Londres oferece uma gama de espetáculos para quem gosta de boa música. Em todos os dias da semana é possível encontrar espetáculos de jazz, rock e até grandes musicais. "Toda noite há quatro, cinco casas de jazz. São locais hiper tradicionais. Uma dica importante é sair do Brasil com tudo já esquematizado e comprado, porque elas ficam sempre lotadas", aconselha. 

Entre os destaques no campo na música, o advogado cita dois momentos inesquecíveis: o musical do Quenn, "caro, mas uma loucura", e o fortuito encontro com Charlie Watts, baterista do Rolling Stones, no Pizza Jazz Express. "Entrei numa casa de jazz, tradicional, mas acanhada, e me deparei com ele lá", comemora. O encontro, claro, rendeu uma foto (ver galeria).

Outro conselho para quem quer curtir a noite londrina é a região do Soho, bairro que reúne tudo o que existe no ramo do entretenimento. "É perto do Centro, com uma mistura muito interessante: no mesmo quarteirão é possível encontrar restaurantes muito caros, casas de jazz, pubs, boates de striptease e restaurantes de qualidade duvidosa. Mas todos os frequentadores destes ambientes convivem com harmonia e respeito", conta. Segundo Daibert, em Soho, é possível encontrar roupas e cabelos que ainda não são vistos em outros lugares, mas, dada a vocação britânica de lançar moda e inspirar comportamentos, é bem provável que se espalhe pelo mundo. "Sempre gostei de circuitos mais alternativos ao viajar, mas, em Londres, há um local, que é bem 'turistão', e não pode deixar de ser visitado: o Museu de Cera", conta.

Mesmo com toda essa diversidade, uma característica segue imutável na Inglaterra: a pontualidade. "O inglês é muito pontual. Se o metrô está previsto para sair 10h03, ele sai 10h03", comenta. A dica, aliás, é se aproveitar do bom funcionamento dos trens e metrôs e não se arriscar a dirigir com a mão invertida.