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Caf?: vil?o ou aliado da sa?de?
::: 30/11/2006

Nativo da Eti?pia , o caf? chegou ao Brasil em 1727 pelas m?os do sargento Francisco Mello Palheta de forma obscura e a pedido dos governadores do Maranh?o e do Gr?o-Par?, onde adaptou-se espetacularmente ao clima e solo brasileiro.

No s?culo XVIII , o Brasil torna-se o maior produtor mundial , posto do qual nunca mais foi despojado , produzindo cerca de 41 milh?es de sacas este ano. Somos o segundo maior consumidor do mundo ficando atr?s apenas dos Estados Unidos.

Pol?mico e controverso, o papel do caf? a mesa sempre foi alvo de discuss?es. No s?culo XVII a Europa consumia grandes quantidades de vinho e cerveja como alternativa para o consumo de ?gua contaminada pela superpopula??o das cidades e a falta de saneamento. Feito com ?gua fervida, o caf? passou a ser uma alternativa ao consumo de ?lcool, gerando sobriedade, energia e lucidez aos pensamentos, valor jamais agregado a alimento algum.

Em 1820 o qu?mico alem?o Ferdinand Runge em resposta a um desafio feito palo poeta Wolfang Goethe , descobre a cafe?na , uma entre as cerca mil subst?ncias da bebida. Durante mais de 50 anos a cafe?na monopolizou os estudos. Hoje muitos pesquisadores t?m se dedicado ao estudo do caf? e descobriram que grandes quantidades de antioxidantes s?o encontrados na bebida: sais minerais , niacina e os ?cidos clorog?nicos.

Essas subst?ncias s?o capazes de combater radicais livres, e, retardando o envelhecimento, estes ?cidos protegem a sa?de contra tumores , diabetes tipo 2 , cirrose e outros. Em um ?nico cafezinho temos mais antiaxidantes que na ma??, no ch? verde , no vinho e em outros alimentos at? ent?o indicados como boas fontes de antioxidantes.

Em um estudo da Universidade de Havard , o consumo regular de caf? mostrou-se capaz de prevenir o diabetes tipo 2. A hip?tese pode ser a dos ?cidos clorog?nicos tornarem as c?lulas mais sens?veis a a??o da insulina. Isto requer mais estudos para comprova??o.

Com rela??o a concentra??o, ainda se discute se o cafezinho deve ser forte ou fraco. Estudiosos americanos defendem o consumo do caf? ralo e j? os italianos defendem o consumo do caf? encorpado e forte. N?o existe consen?o e mais pesquisas est?o sendo feitas.O consumo di?rio dever? ser de 4 x?caras ou at? 600 ml e para crian?as, associado ao leite.

Caf? x doen?as

V?cio: os bebedores regulares desenvolvem uma depend?ncia moderada. O abandono repentino leva a dor de cabe?a , depress?o . o consumo excessivo causa nervosismo , ins?nia , contra?es musculares e dificuldades de fala.

Osteoporose: mais que 4 x?caras/dia pode favorecer a osteoporose principalmente no sexo feminino.

Termog?nico: ao acelerar o metabolismo, a cafe?na aumenta o gasto energ?tico mas ? preciso praticar exerc?cios.

Aumento do LDL: a presen?a de algumas subst?ncias retiradas pelos coadores pode aumentar o colesterol ruim.

Sono: para quem n?o tem o h?bito o consumo ap?s 16 h diminui o sono;

Press?o: o consumo eleva a press?o mas o seu h?bito pode reduzi-la.

Cirrose: 1 a 3 cafezinhos / dia reduz a possibilidade em 40%.

Arritimia: seu consumo acelera o cora??o.

Dor de cabe?a: por ser vasodilatador reduz a dor de cabe?a e pode ajudar na depress?o.

Alimento Antioxidantes
Chocolate amargo 1052
Uva vermelha 624
Caf? 396
Banana 389
Ma?? 258
Ch? verde 236
Vinho 189
Abacate 177
Nozes 128

Dicas de consumo
  • O caf? suave tem menor teor de gordura
  • Mo?do fresco e conservado na geladeira tem mais antixidantes
  • O filtro de papel reduz as quantidades de gordura
  • A ?gua a 90? c e n?o a fervida evita a perda de antioxidantes
  • Servido logo ap?s coado conserva mais antioxidantes
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  • Vai um cafezinho a??

  • Arnaldo Pinheiro
    ? nutricionista formado pela UFV em abril de 1992
    trabalhando na ?rea de nutri??o cl?nica, nutri??o enteral
    e nutri??o esportiva.

    Sobre quais temas (da ?rea de nutri??o) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? O nutricionista Arnaldo Pinheiro aguarda suas sugest?es no e-mail viver_nutricao@acessa.com