10 mil em notas falsas

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Mais de R$ 10 mil em notas falsas PF faz buscas na casa dos suspeitos, mas n?o encontra novas provas. Dinheiro e notas fiscais agora v?o para per?cia, em BH

Fernanda Leonel
Rep?rter
27/10/2006
Delegado da Pol?cia Federal alerta que parcela do dinheiro falso pode estar em circula??o na cidade. Anote as dicas identificar uma nota falsa e saiba a quem recorrer caso isso aconte?a com voc?



A cidade acordou na manh? desta sexta-feira, dia 27 de outubro, com uma not?cia que h? muito tempo n?o se via, pelo menos nessas propor?es: a Pol?cia Militar apreendeu R$ 10 mil e quarenta reais em notas falsas, no bairro Manoel Hon?rio, na noite anterior.

O dinheiro estava em posse do comerciante Pedro Cerera, 54 anos, e do aut?nomo Fabiano Ribeiro de Castro, de 27 anos, em um carro Tempra, que foi interceptado pela pol?cia na Avenida Rio Branco, na altura do n?mero 700.

A Pol?cia Federal, j? ? frente da investiga??o, fez uma busca na casa dos dois suspeitos de falsifica??o para tentar encontrar novas provas ou algo que ajudasse na investiga??o. Mas, conforme explicou o delegado regional da PF, Jos? Carlos Tostes, n?o foram encontrados "novos dinheiros" e nem ind?cios de que o crime estava sendo realizado no local.

Depois da busca, a Pol?cia adiantou que o dinheiro e tamb?m notas fiscais encontradas dentro do carro devem ser encaminhados para a Per?cia T?cnica de Belo Horizonte na pr?xima ter?a-feira, dia 31 de outubro. Depois dessa an?lise e levantamento de dados, novos acontecimentos podem vir ? tona.

Segundo o delegado regional, o material apreendido ainda n?o tinha ido para a capital do estado, porque a PF imaginava novos rumos para a investiga??o depois da busca na casa dos suspeitos.

Dinheiro pode ter sido distribu?do no com?rcio

O delegado regional da PF alertou para o fato e que h? possibilidade de parte do dinheiro falso encontrado j? ter sido distribu?do no com?rcio da cidade. "Fica muito f?cil pensar que eles, no m?nimo, tiveram o dia todo para distribuir um pouco desse dinheiro. At? mesmo pelo valor picado - R$ 10 mil e quarenta reais".

Jos? Carlos Tostes lembrou que com a chegada do fim do ano e com a crescimento do movimento no com?rcio local - conseq?entemente de dinheiro - esses golpes come?am a acontecer com maior incid?ncia, j? que quem comete o crime tende a aproveitar da situa??o. "? preciso que o com?rcio fique atento", alertou.

O presidente do Sindicom?rcio Juiz de Fora, Oddone Turolla (foto), disse que o sindicato ainda n?o tomou provid?ncias para alertar os comerciantes nesse epis?dio em espec?fico, mas que eles sempre oferecem suportes para ajudar a classe a agir nesse tipo de situa??o.

O economista Marcos Costa comentou o impacto da inje??o de dinheiro falso na economia. Marcos lembrou que ? necess?rio que se tenha um controle da pol?tica monet?ria, ou seja, que se tenha o controle da quantidade de dinheiro em circula??o para evitar, entre outras coisas, a infla??o.

"Uma maneira de se fazer pol?tica monet?ria, ? por exemplo, aumentar os juros. Isso for?a a popula??o a guardar ou aplicar dinheiro, e isso diminui a quantidade de moeda em circula??o. O dinheiro falso gera uma economia falsa. Multiplica-se a quantidade de moeda circulando, gera-se impactos, e pior, sem controle da situa??o", comentou o economista.

Para Marcos, pior que imaginar que R$ 10 mil reais poderiam entrar em circula??o na cidade ? pensar, segundo ele, na quantidade de dinheiro falso que j? deve ter circulado, vindo desta mesmo fonte. "Se foram apreendidos R$ 10 mil, imagine o que foi usado".

, afirmou Tostes.