Juiz de Fora lidera número de fraudes em energia el?trica na região

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Juiz de Fora lidera número de fraudes em energia elétrica na regiãoNeste ano, a estimativa é de que 2 mil fraudes sejam identificadas no município. Cemig intensifica inspeções para apurar irregularidades

Jorge Júnior
Repórter
25/8/2011

Cerca de 200 mil unidades da região de Juiz de Fora estão com algum tipo de inconsistência de faturamento ou denúncia na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). As informações foram repassadas pelo representante da gerência de gestão e controle de perdas da distribuição, Luiz Renato Fraga. Desse número, Fraga acredita que 15 mil unidades estão efetivamente irregulares.

O município de Juiz de Fora é o que tem o maior número de fraudes na região, de acordo com o departamento. "Verificamos irregularidades em 107 municípios nos últimos anos, sendo o maior número de casos na cidade de Juiz de Fora, seguida de Conselheiro Lafaiete, São João del-Rei, Barbacena e Ouro Preto", afirma Fraga que completa: "a Cemig monitora, por meio de seu sistema de geração de inspeções, todas as unidades da região de Juiz de Fora e também de sua área de concessão."

De acordo com Fraga, em 2010, foram identificadas cerca de 2.500 irregularidades na cidade. Neste ano, a estimativa é de que 2 mil fraudes sejam identificadas no município. "Apesar de o número de ocorrências não ser tão grande, quando comparado a outras regiões do estado, a Cemig continua a efetuar essas inspeções, não só com o foco em detectar irregularidades, mas para garantir a segurança das instalações, efetuar a atualização cadastral e assegurar a exatidão da medição de energia, através de testes nos equipamentos", afirma.

Fraga alerta que as ligações ilegais trazem consequências não só para a distribuidora, mas para toda a sociedade, ocasionando um aumento de tarifas, na medida em que o consumidor honesto e adimplente assume a distribuição de parte dessas perdas na composição tarifária. "Outro fator que é importante destacar é o aumento do risco de acidentes por choque elétrico e incêndios, para os usuários e vizinhos, além do decréscimo na qualidade da energia e do serviço prestado pela Cemig para a população", ressalta.

Essa prática irregular também acaba prejudicando os profissionais dos ramos agrícolas, comerciais e industriais, pois quem furta energia diminui um dos insumos da atividade. "Os riscos de quem pratica irregularidades ou as contrata são de choque elétrico, incêndio, além de prisão, pois o furto de energia é um crime previsto no Código Penal, conforme artigo 155, com pena que pode chegar a até oito anos de detenção e multa", alerta.

Uma vez detectadas as irregularidades do cliente, este estará sujeito à cobrança de todo o montante faturado durante a irregularidade, dos danos aos equipamentos de medição, além de uma cobrança no valor de R$ 2.379,20.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken