Atendimentos psicológicos, jurédicos e atividades culturais voltam a ser oferecidos pelo MGM partir de fevereiro

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Quinta-feira, 7 de janeiro de 2010, atualizada às 17h35

Atendimentos psicológicos, jurídicos e atividades culturais voltam a ser oferecidos pelo MGM

Aline Furtado
Repórter

O Movimento Gay de Minas (MGM) reiniciará o atendimento ao público externo a partir da última semana de fevereiro. As atividades haviam sido encerradas em dezembro de 2008. De acordo com o presidente do MGM, Marco Trajano, os serviços de atendimento psicológico, jurídico e as atividades culturais foram interrompidos devido a impasses financeiros. "Havia um descompasso entre os projetos da instituição e o repasse de verba por parte do governo federal."

O ano de 2009 foi um período de avaliação, durante o qual somente os atendimentos internos continuaram a ser oferecidos. Com a aprovação, por parte do governo, de projetos de importância para a educação e a socialização dos gays, foi possível o reinício dos trabalhos. "Avaliamos os dez anos de atividades do MGM e definimos a reabertura em novo formato." A partir de fevereiro, a organização não governamental passa a funcionar em duas sedes. Na rua Halfeld, 450, 7º andar, será criado o Núcleo Técnico, onde serão elaboradas e avaliadas políticas públicas e pesquisas, além de serem prestados assistência jurídica e acompanhamento psicológico. A sede atual, na rua São Sebastião, funcionará como sede social, onde serão oferecidas as atividades culturais e realizadas as reuniões de grupos.

Segundo Trajano, somente em dezembro de 2008, quando foram encerradas as atividades com o público externo, ocorreram aproximadamente 750 atendimentos por semana. "Nossa expectativa é manter a qualidade dos serviços prestados. Além disso, esperamos ampliar a capacidade de atendimento em cerca de 25 a 30%." O presidente destaca que o Projeto Ponto de Cultura, que oferece aulas de dança e inclusão digital, passará, em 2010, a oferecer oficinas de canto, com criação de coral.

Outra novidade é a aproximação do MGM, como movimento social, de instituições de ensino, por meio da criação do Instituto MGM de Pesquisas de Gênero, Raciais e Homossexualidade. "Nossa intenção é trazer teses, artigos, entre outros materiais da academia, para que sejam utilizados em discussões. Desta forma, estaremos contribuindo diretamente para a formulação de políticas públicas."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes