Conheça as diferentes e emocionantes histórias daqueles que
têm laços profundos com o coração
*Colaboração:
Renata Silva
29/10/04
![]() |
![]() |
![]() |
|
|
![]() ![]() ![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
![]() |
Adoção e doação. Duas palavras que levam o mesmo número de letras e têm
significados próximos. Na verdade, mais que doar, adotar uma criança é um
ato de amor!
As histórias desses pais e filhos do coração são
permeadas de coincidências, que nos levam até mesmo a crer,
na certeza do encontro.
Como adotar
Segundo a assistente social do Juizado de Menores, Cláudia Martins, a decisão
geralmente é tomada por casais que não puderam gerar seus filhos
naturalmente, apesar da lei permitir que a adoção seja feita por apenas uma
pessoa.
Cláudia explica que o processo passa por várias etapas e não possui tempo determinado. "Tudo isso depende das características desejadas pelos candidatos. Se querem um recém-nascido, como acontece na maioria das vezes, há possibilidade de até dois a três anos na fila de espera".
Para cumprir os trâmites legais, os interessados devem fazer um requerimento de inclusão no cadastro de adoção do Juizado de Menores, entregar a documentação necessária e passar por um estudo social e psicológico. Nesse momento, psicólogos e assistentes sociais irão avaliar os futuros pais e ver suas reais condições para o desenvolvimento salutar da criança.
Exemplo de vida
A assistente social, Márcia Costa, aguardou dois anos na fila de espera e no dia 26 de
outubro de 1993 recebeu a notícia de que Mateus acabava de chegar.
"Liguei para o meu marido e disse: - Seu filho chegou, é homem! Choramos de
emoção e corremos para arrumar a papelada", recorda.
No caso de Márcia, nem ela e nem o marido, Wagner, tinham uma razão biológica para o insucesso da gravidez, no entanto, após vários exames e tentativas, ambos optaram pela adoção. Segundo os médicos, ela se enquadra nas estatísticas de 25% das mulheres que não conseguem engravidar, sem qualquer motivo específico.
A animação do casal foi tão grande que, um ano depois, eles resolveram encomendar o querido Hector. Mais uma vez, entraram na fila de espera e, em 14 de maio de 96, tiveram a surpresa de seu nascimento.
Quem adora ouvir a história é o primogênito, Mateus, que até mesmo resolveu falar durante a entrevista. Para ele a adoção é uma atitude "muito legal", que considera "a melhor coisa que aconteceu em sua vida".
Em relação
as outras crianças que não se conformam com a idéia, ele diz: "ser adotado não
é tão diferente. É melhor ter família do que não ter ninguém", diz, com
sabedoria, o menino de apenas 10 anos.
Obra do acaso
Diferente do caso de Márcia, a dona de casa, Meire Evangelista,
já tinha duas filhas biológicas, uma de sete e outra de quatro anos, quando
decidiu adotar Jonathan.
Ela conta que acompanhou toda a gestação do garoto, que é filho biológico de sua vizinha. "Como ela não tinha condições financeiras, eu a levava para consultas médicas durante a gravidez", diz. Obra do acaso ou não, no dia do parto, Meire e o marido, Hélcio, foram às pressas para a maternidade com a genitora.
Dias após ao nascimento do garoto, a mãe biológica bateu na porta de Meire e pediu a ela que ficasse com a criança. "Não pensei duas vezes. Aceitei na hora e só depois fui falar com o meu marido. Ele concordou e chegou em casa cheio de fraldas descartáveis", se emociona.
A partir de então, o casal realizou todo o processo para a adoção legal e, após um ano, conseguiu a guarda definitiva do caçula, que hoje já tem 14 anos. "Foi obra divina", considera Meire.
Conheça outras histórias
![]() |
![]() |
Leia mais:
* Renata Silva é estudante do 7º perído da Faculdade de Comunicação Social da UFJF