Preão dos combust?veis em Juiz de Fora segue m?dia nacional de queda

Por

Preço dos combustíveis em Juiz de Fora segue média nacional de quedaDiretor do sindicato dos postos revendedores afirma que, atualmente, em JF, o etanol corresponde a apenas 20% das vendas em comparação com a gasolina

Victor Machado
*Colaboração
7/6/2011

O preço do combustível em Juiz de Fora tem seguido a média nacional de queda. Segundo o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média da gasolina na cidade é R$ 2,893, enquanto a nacional chega a R$ 2,860. Na primeira semana de junho, o combustível registrou queda de 5% na cidade, em relação ao mês de abril. A queda nacional foi de 2%, no mesmo período. O etanol registra média de preços de R$ 2,095 em Juiz de Fora e R$ 2,117 no país. Na cidade, a queda em relação ao mês de abril foi de 16%. Já no país, chegou a 18%. Mesmo assim, os preços continuam preocupando os donos de postos de combustível.

Segundo o diretor regional do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Alberto Jacometti, a queda em Juiz de Fora chega a ser maior do que a registrada no país, mas a tendência é que ela diminua e os preços fiquem mais estáveis. "Aqui na cidade a queda não se baseia apenas pelo preço da mercadoria, mas pelo mercado competitivo. Portanto, os preços caíram e chegaram a um patamar de estagnação ou desaceleração nas quedas, principalmente nas últimas duas semanas."

O mercado competitivo pode ser comprovado pela diferença entre os preços mais altos e mais baixos na cidade. O desvio padrão para a gasolina, no período entre 29 de maio e 4 de junho, foi de R$ 0,073, nos 30 postos pesquisados pelo levantamento da ANP. O combustível pode ser encontrado por preços que variam de R$ 2,699 a R$ 2,999. Nacionalmente, a diferença é de R$ 0,153. O etanol registra desvio padrão de R$ 0,083 nos 30 postos pesquisados. Em todo o país, a variação é de R$ 0,325. O álcool pode ser encontrado por R$ 1,900 até R$ 2,399.

Para Jacometti, a pequena diferença não é uma característica exclusiva de Juiz de Fora. "Quase todas as cidades no país têm pouca diferença de preços. Com a competitividade acirrada, o mercado não aceita uma variação muito grande e os preços tem que ir se adequando aos concorrentes para evitar prejuízos." Segundo ele, até os próprios preços das distribuidoras incentivam essa baixa diferença. "Os preços não variam nem nas distribuidoras. É uma característica do mercado."

Etanol

Preocupação nacional, o etanol também preocupa os donos de postos de combustíveis em Juiz de Fora. "Há aproximadamente dois anos, o etanol não é mais viável para o consumidor. Chega a baixar o preço, mas nada que atraia o comprador," comenta o diretor do sindicato. Jacometti afirma, ainda, que, atualmente, as vendas de etanol correspondem ficam entre 15% e 20% em relação às vendas de gasolina em Juiz de Fora. "Os postos estão vendendo bem menos álcool ultimamente. Não é vantajoso para quem compra. O máximo que chegamos é 20% em relação à gasolina. Esta tendência já vem ocorrendo há algum tempo."

Na última segunda-feira, 6 de junho, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, afirmou que a Agência está trabalhando para que não haja desabastecimento de etanol no Brasil e que a primeira resolução da ANP como reguladora do mercado de etanol será sobre garantia de abastecimento e deverá ser levada à consulta pública em cerca de 15 dias.

Segundo ele, o objetivo é ter as resoluções reguladoras do mercado prontas e aprovadas antes do prazo de seis meses, estipulado pela Medida Provisória 532, de 29 de abril, que tornou a agência responsável por toda a cadeia de produção, movimentação e abastecimento de biocombustíveis no país.

2,399

*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken