José Antínio Jacob
José Antônio Jacob Poeta juizforano tem trabalho reconhecido na internet
e defende sua liberdade em não fazer parte de escolas literárias
Colaboração
22/08/2007
Outros escritores:
Já se foi o tempo em que poetas eram lidos em folhetins ou jornais. Os amantes da boa e velha poesia passaram a recorrer aos livros, muitas vezes pouco acessíveis pelo seu preço.
Mas com a chegada da internet, o que parecia ter perdido força, voltou a ganhar destaque. As publicações de poetas que buscam o seu espaço no mundo virtual são cada vez mais comuns.
Neste cenário, o poeta juizforano, José Antônio Jacob (vídeo ao lado), ganha destaque e reconhecimento por suas obras. Depois de uma pequena publicação independente da primeira edição do livro Almas Raras, o poeta passou três anos com problemas de saúde e aproveitou o tempo para se dedicar mais às palavras.
"Quando voltei a sair de casa para beber uma cerveja ou uma cachaça, ou mesmo os dois juntos, apanhei o hábito de escrever um soneto, em decassílabo ou alexandrino (12 sílabas), a cada mês para enviar para a Rita Bello colocar no Alma de Poeta, site gerenciado por ela e Antônio Manoel Abreu Sardenberg"
, afirma.
As poesias de Jacob conquistaram os criadores e leitores do site e o poeta já prepara a segunda edição de Almas Raras, que será lançada em novembro. A publicação impressa reúne mais de cem sonetos, escritos em várias épocas de sua vida.
O início
O gosto pela poesia começou cedo, na infância, na década de 1960. Foi o pai, Antônio José Jacob, quem cuidou das orientações nos primeiros passos da leitura da poesia madura.
Na escola, a literatura passou a fazer parte da vida de Jacob com mais intensidade. "Os poemas brasileiros eram lidos dentro da sala, nas aulas de 'Língua Pátria', e me lembro bem de 'Meus Oito Anos', de Casimiro de Abreu, que me encantava pela sonoridade das palavras. O livro de leitura escolar adotado no Instituto Santos Anjos, para interpretação de textos e apreciação própria, chamava-se 'As Mais Belas Histórias'
", recorda.
Mais uma vez sob a guarda do pai, José Antônio Jacob se aventurou pela literatura que vinha nos jornais de Juiz de Fora. Os versos publicados no Diário Mercantil e na Gazeta Comercial eram esperados ansiosamente por Jacob, que sempre valorizou as obras de poetas juizforanos.
"Meu pai, percebendo meu desassossegado interesse pela poesia, me indicou a leitura de poetas, tais como: Mário Quintana, Raul de Leôni, Augusto dos Anjos, Antônio Nobre, Fernando Pessoa e outros. Mais tarde, já perto de completar 20 anos, fiz amizade com todos os poetas juizforanos que li na minha infância, excluindo Belmiro Braga, que já havia morrido"
, revela Jacob.
*Guilherme Arêas é estudante de Jornalismo da UFJF