Surdez interfere no desenvolvimento da linguagem e na aprendizagem
Surdez e inclusão social
O uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) é outro fato que beneficia o aprendizado cognitivo para a melhoria da qualidade de vida. É imprescindível o uso constante dele para a sua adaptação. Mesmo que a criança ou o adulto, ou mesmo os idosos, resistam ao seu uso, vale a pena a tentativa, que, com o tempo, eles podem perceber o significado de poder ouvir melhor, conversar melhor, relacionar melhor com o mundo sonoro.
Hoje podemos contar com a inclusão escolar em crianças não tão somente com problemas de audição, embora encontremos resistências para a evolução neste aspecto. Precisam-se qualificar todos os profissionais de escolas, além dos professores. Eles não são os únicos que fazem parte do contexto escolar.
Em idosos, as funções cognitivas também podem ficar prejudicadas na surdez em função do desgaste do aparelho auditivo com o passar do tempo. O isolamento social é inconcebível e pode também comprometer a comunicação deles. A estigmatização é comum na nossa cultura pelo exacerbado valor ao modelo de beleza, idade e poder aquisitivo. A saúde mental e a qualidade de vida ficam seriamente comprometidas e a capacidade de se comunicar é uma das privações vitais que mais frustra a pessoa, principalmente aos idosos com surdez. A falta de paciência das pessoas que convivem com a pessoa com surdez passa a ser conduta rotineira na vida deles, ao ponto de excluí-los de conversas. As diversas situações começam a complicar as relações de maneira lamentável.
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Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia.