Médicos da PJF traçam campanha salarial de 2010 e discutem pontos não resolvidos em 2009

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Terça-feira, 30 de março de 2010, atualizada às 18h17

Médicos da PJF traçam campanha salarial de 2010 e discutem pontos não resolvidos em 2009

Clecius Campos
Repórter

Os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) começam a traçar a campanha salarial 2010 na próxima quarta-feira, 31 de março. Uma assembleia da categoria está marcada para ocorrer a partir das 19h30 e irá definir que caminho será percorrido até o acordo com o Executivo. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora, Geraldo Sette, a categoria irá votar os percentuais de reajuste almejados, a possibilidade de uma campanha unificada aos demais sindicatos de servidores públicos e o indicativo de greve, caso o acordo não venha.

"Temos clara a ideia de recomposição salarial no valor de 15% para todos os servidores públicos, além de outros pontos como o reconhecimento da carga horária especial da categoria, com remuneração semelhante à dada aos profissionais de nível superior. Essa discussão volta à tona, uma vez que não foi resolvida na negociação passada." Outro assunto que incomoda os médicos é necessidade de equiparar os salários, o que resultaria em aumento de 25% nos valores.

Em 10 de julho de 2009, a PJF aceitou criar uma comissão para estruturar o plano de cargos e salários dos médicos, mas, segundo Sette, a ação não foi cumprida. Na ocasião foi dado prazo de 30 dias para a composição do grupo e mais 60 dias para a conclusão do trabalho. "Foi prometida também a criação de um grupo que estudaria as condições de trabalho da categoria. O sindicato considera uma violação do compromisso assumido e acredita que a falta de ação depõe contra a credibilidade da Prefeitura."

De acordo com Sette, as condições de trabalho são queixas frequentes dos profissionais. "Os médicos trabalham em estruturas precárias e muitos acabam deixando seus postos. As escalas da urgência e emergência estão incompletas. Os comentários das pessoas que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde comprovam que a situação é bastante ruim." O sindicalista lembra ainda que não houve acordo na apresentação do Quadro de Valores de Referência (QVR) que definiria o piso salarial dos cargos de saúde da urgência e emergência.

Até o fechamento desta nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) não havia conseguido contato com o secretário Vitor Valverde para verificar se a comissão foi ou não criada.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes