Ref?m de si mesmo

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Ref?m de si mesmo
Ana Stuart 8/12/2014

Refém de si mesmo

Vamos pensar no sentimento muito famoso, desde que mundo é mundo, o tal do CIÚME. Como mecanismo de defesa, atua como proteção diante da perda. Quem vivenciou e vivencia, de forma intensa consciente ou inconsciente este sentimento, passa a desconfiar de tudo e de todos com quem se relaciona afetivamente.

E nosso inconsciente costuma nos sinalizar que desconfiar é lucro, pois quando desconfio o outro fará de tudo para provar o contrário, ao passo que se confio, corro o risco da decepção e, consequente, sofrimento, virando assim, um ciclo vicioso e compulsivo.

Para aprendermos a lidar com o sofrimento gerado pelo CIÚME devemos primeiramente admiti-lo, para depois entendermos as causas. Passando desta forma a identificar se este sentimento está realmente relacionado ao nosso objeto de amor ou aos nossos medos mais profundos da crença do abandono.

O CIÚME considerado funcional é aquele baseado em fatos reais, passageiro, que após esclarecido nos mantém lúcidos. Já o disfuncional é excessivo, causa males muitas vezes irreparáveis, extrapola o limite do outro, vem acompanhado de pensamentos irracionais, controladores, verificadores, compulsivos, infundados na maioria das vezes..

Normalmente, o excesso de CIÚMES está relacionado à experiências dolorosas de perda, abandono, insegurança emocional e baixa autoestima. O CIÚME patológico associado ao amor patológico está relacionado ao TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Ao percebermos o Pânico do Abandono, devemos correr para o tratamento multidisciplinar, evitando desta forma o CIÚME patológico, tratando do corpo, da mente e do espírito. Trata-se de uma calamidade que ocasionalmente leva ao suicídio ou ao homicídio.
É gostoso quando alguém se importa conosco e vice-versa, através de uma boa pitada de CIÚMES. No entanto, devemos estar alertas quanto aos nosso comportamentos e dos que nos rodeiam, antes de achar lindo a manifestação exagerada deste sentimento!!


Ana Stuart é psicóloga e terapeuta familiar