Fechar 2009 com mais atitude: a arte de fazer acontecer

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 Armando Falconi 1/12/2009

Fechar 2009 com mais atitude: a arte de fazer acontecer

Estamos em dezembro e mais uma vez nas "ditas correrias" de fim de ano. Costumo dizer e provar que são correrias somente para quem vive a correr pela vida, sem saber se corre da morte ou se corre para a morte.

Cada dia mais dependente do sistema, sem vontade própria, tendo como maior inimigo o relógio; um percentual muito grande da sociedade não é senhor do seu destino, é empregado mal remunerado, porque vive apenas para produzir, comer, gozar e descansar.

As pessoas que fazem parte deste grupo numeroso, quando usam os valores espirituais, é mais para barganha com Deus e o Universo do que para o autoencontro.

Passam pela vida mais ou menos assim: a criança diz que quando me tornar moço, vou fazer. O moço diz que quando me formar, as coisas vão acontecer. Após a formatura diz que quando me casar, vai ser o bicho. Quando vem o casamento, na plenitude de suas forças, já começa a sonhar e a dizer que quando vier a aposentadoria, aí sim...

Aposenta e dá uma parada, coça a cabeça, olha para trás e contempla a longa estrada percorrida. Neste momento, um vento frio o envolve vindo de toda parte e de lugar nenhum. Então o homem se dá conta de que quase nada aproveitou, e agora está tudo acabando, ou para muitos até mesmo acabado.

Por isso, ensino em auto e bom tom, em meus cursos e palestras aqui em Juiz de Fora e por este Brasil, que a vida não consiste em esperar pelo futuro. Esperar pelo futuro será tarde demais.

A vida consiste sim em viver cada dia plenamente, cada dia e cada hora sempre aqui e agora.

Passado x Futuro

Ontem é chamado de passado, memórias, peças de museu. Amanhã é chamado de futuro, nunca chega e quando chega é chamado de hoje. Hoje é chamado de quê? A resposta é "presente".

Sabe por que hoje é chamado de presente? Porque é isso mesmo, um presente que a vida está lhe oferecendo. Um cheque em branco no valor de R$ 8,64 milhões — isto mesmo, oito milhões e seiscentos e quarenta mil limpinhos.

Você pode estar se perguntando onde está este dinheiro que eu não vi? Pois fique sabendo que a cada novo dia, você recebe este número em segundos, que você tem que gastar até a meia noite. Nada será transferido para o dia seguinte, nem será acumulativo.

Viva o dia de hoje na frequência do bem ou se viver em outras frequências, estará a cada segundo, consumindo uma parte desta fortuna que é o tempo.

Pergunte a você mesmo:

  • Como será que estou usando este valor tão alto, esta cota tão rica que é o tempo?
  • Estou usando para ter uma vida com qualidade, construindo saúde, sendo meu melhor amigo?
  • Ou será que estou usando sem prudência, sem bom senso, sendo meu pior inimigo e apenas patinando como carro atolado no barro e afundando cada vez mais?

Como referência, leia o artigo do mês passado sobre a saúde e seus inimigos, apenas como uma autoavaliação.

Buda ensinava

Um missionário que veio ao mundo para trazer ensinos de valorização do amor e do perdão foi Buda, cujo nome verdadeiro era Gautama Sáquia Muni — Gautama é o nome étnico e designa o clã a que pertencia Buda, quanto a Sáquia Muni designa "o santo oriundo dos Sáquias" — que era uma família de guerreiros.

Buda viveu há cerca de 600 anos a.C., renunciou às grandezas, à vida faustosa para isolar-se nas florestas, às margens dos grandes rios asiáticos, em profunda meditação e estudo, durante sete anos, reaparecendo, depois, para pregar a necessidade de praticar o bem, porque "o bem — dizia ele — é o fim supremo da natureza."

Ensinou aos seus discípulos então, há mais de dois mil e seiscentos anos, que o ser humano conduz seus pensamentos na seguinte escala:

  • 70% dos nossos pensamentos estão ligados ao passado!
  • 25% dos nossos pensamentos estão voltados para o futuro!
  • quanto sobra então para o presente? Apenas 5%!
Matemática de pobreza espiritual

Por isso, estamos aqui a lembrar que deixar do jeito que está, para ver como é que fica, não muda nada em sua vida. Pelo contrário, suas energias se vão, seu capital de tempo se esvai e você vira a meia noite pior do que quando chegou no dia de hoje.

Seus sonhos viram pesadelos, suas metas não acontecem. Aquela lista que você fez em dezembro do ano passado, anotou tudo direitinho, jurou pelo que era mais sagrado que 2009 seria diferente...

Vai lá, pega na gaveta, abra a agenda ou aquele documento de texto em seu computador, confira item por item e veja o que realmente foi colocado em prática.

Provavelmente muito pouco ou quase nada mesmo — com raras exceções!

Saiba mais clicando aqui.