Pai relata amor pelo filho de quatro patas
Editor
Talvez você já tenha escutado alguém dizendo que jamais aceitaria um cachorro dentro de casa e que ele seria um problema para sua vida. Porém, existem pessoas que abrem a porta de casa e recebem o animal de braços abertos e os bichinhos ganham espaço e se tornam membros da família.
Uma frase do escritor Milan Kundera traduz esse amor, sem limites: “os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.”
O amor do professor de artes, Leandro Furtado pelo Ticco não é diferente. Por isso, o Portal ACESSA.com conversou com ele, para o especial Dia dos Pais.
Em 2009, ele e sua namorada moravam no Rio de Janeiro, quando o yorkshire chegou, ainda filhote, na residência do casal. “Na verdade, o cachorro já era da minha namorada e eu aproveitei pegando o bonde andando. Engraçado, pois não ligava muito para cachorros, mas acabei tendo amor”.
A relação, segundo o pesquisador, foi estimulada após ele começar a fazer caminhadas à beira mar, para combater o sedentarismo. “O Ticco virou meu companheiro. Com o tempo, percebi que ele quem havia me adotado como um novo dono na casa”, lembra.
Desde então, a vida de Leandro nunca mais foi à mesma. Ele podia sair e voltar do trabalho, que havia uma “pessoa” esperando por ele, abanando o rabinho e cheia de amor. Mas, em 2014, a namorada de Leandro mudou-se para a Itália (Europa) e ele foi fazer Doutorado, na Califórnia (EUA), então o pet ficou na casa de uma amiga, no Rio. “Quando retornei, estava com tanta saudade do cachorro, que do Aeroporto pedi ao motorista para me levar até a casa onde o bichinho estava. Quando ele me viu não ‘nos resistimos’, e resolvi trazê-lo para morar comigo, em Juiz de Fora”, conta.
Sobre a relação de pai e filho, Leandro não tem dúvidas. “A gente acaba desenvolvendo uma afetividade - às vezes atrofiada dada a correria dos dias de hoje. Sempre tem alguém que critica essa relação, principalmente que nunca compartilhou desse afeto. Naturalmente não exagero e tenho limites”.
Apesar dos compromissos diários, o professor conta que seu convívio com Ticco é bem presente e ele tem seu momento de muita atenção. “Diariamente passeamos no quarteirão, onde encontramos outros cachorros. Aos fins de semana, vamos para a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde ele fica livre para brincar. Isso é super importante para minha vida e também para a saúde dele”.
Como forma de homenagear seu filho pet, Leandro escreveu uma cartinha para o animalzinho de estimação: “Não há a menor possibilidade de substituição do amor de um pai para com seu filho, assim como não há a menor forma de comparação do amor de uma mãe. Esta estória de amor começa mais ou menos assim: desde cedo quando brincava com ele, eu o pegava no colo, parecia um boneco de pano ou pelúcia. Doce, me acompanhava na cama, deitando ao meu lado, o que me trouxe atenção, e quando eu me levantava o mesmo caminhava sempre aonde ia. De certo podia ser a vontade de dar aquela voltinha nos corredores do condomínio, como fazia diariamente. Fico triste em lembrar como deve ter sido difícil, quando tive que ir para minha terra natal e ele ficou por tempos na porta da casa me esperando voltar, achando que era apenas uma pequena volta. Na demora, começou a latir, ouvindo o vizinho chegar, enganado. Mas se a sua doçura é o que me fica, é a sua doçura que me leva a crer que este pequeno ser tem algo especial. Ticco, meu serzinho, meu doce cachorro e companheiro. Esta cartinha você não pode ler, mas meu sentimento e amor e de "pai" você sempre vai ter”.
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