Sexta-feira, 17 de junho de 2011, atualizada às 19h

77% dos radares instalados em Juiz de Fora apresentam irregularidades na localização

Jorge Júnior
Repórter
radares

A Comissão Especial dos Radares da Câmara Municipal de Juiz de Fora entregou, nesta sexta-feira, 17 de junho, à Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) o relatório final dos trabalhos que analisaram a situação dos 13 radares instalados na cidade. O levantamento aponta que desse número, 11 apresentam irregularidades, totalizando 77% dos equipamentos.

"Apena dois estão em conformidade. Os outros dois estão em local com características que não justificam a sua implantação, um está em uma curva, já um outro descumpre a legislação e sete encontram-se com a visibilidade comprometida," enumera o presidente da comissão, vereador Luiz Carlos dos Santos (PTC). O vereador conta que alguns equipamentos estão em locais com pouca visibilidade e alguns instalados em curvas, com posicionamento que não justifica.

Segundo o legislativo, outro problema que foi constatado com a realização da pesquisa é a irregularidade no contrato com a empresa Engebrás, que opera os radares na cidade desde 2003. "O contrato com a prestadora é por produtividade, o que acaba estimulando o aumento das multas." Santos acredita que o correto seria que o contrato fosse por aluguel do equipamento.

Ao relatório foram unidos ofícios recebidos e enviados, publicações dos veículos de comunicação, além do estudo realizado pelo consultor de engenharia de tráfego José Alberto São Thiago Rodrigues, contratado pela Câmara para assessorar os vereadores. O processo reuniu 849 páginas. "O relatório foi encaminhado ao Tribunal de Contas e à Promotoria do Estado, além da Prefeitura, cobrando que o Executivo suspenda o serviço com a empresa."

A realização de campanhas educativas mais frequentes para um trânsito seguro, além da aplicação da lei 12.061, que prevê a instalação de placas informativas com, no mínimo, 150 metros de distância dos aparelhos, também foi solicitada. De acordo com a assessoria da Settra, o relatório será analisado e só após a avaliação será dado o parecer oficial sobre as solicitações do Legislativo.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken