Grupos Folclóricos

 

Grupo Báladi!
Um trabalho das arábias!

Tâmara Lis
09/06/03

Pelo nome do grupo já podemos entender muito de seu trabalho. Báladi em árabe significa Minha Terra e é justamente este o objetivo do grupo: manter vivas em Juiz de Fora as raízes sirio-libanesas.

O grupo Báladi formou-se em agosto de 2001, no Clube Sírio e Libanês de Juiz de Fora, sob a direção do libanês Tufic Nabak. Artista, radicado no Brasil há 12 anos. Em busca de apresentar um trabalho mais fiel possível às tradições, todo o figurino e os adereços do grupo vêm da Síria.

Quem for assistir a alguma das apresentações do grupo Báladi, vai poder conferir o Dabke, uma dança tradicional, que tem origem nos movimentos com os pés que as pessoas, auxiliadas por seus vizinhos, realizavam nos telhados das casas, cobertos com lama, para compactar as rachaduras causadas pelas chuvas de inverno. Com o acompanhamento de um tambor (Derbake ou Tabel), uma flauta (Mejwez), os homens se distraiam no ritual das batidas e, assim, podiam compactar os telhados de suas aldeias e aldeias vizinhas mesmo sob o frio e a chuva.

Os espectadores verão ainda, coreografias da dança do ventre, dança do candelabro, da espada, da bengala, do castiçal, do jarro, dos Snujs, do pandeiro, e dos sete véus. Além disso, o grupo apresenta danças egípcias e várias danças folclóricas masculinas como a luta da bengala.

Origens
Tufic conta que a idéia de formar o grupo em Juiz de Fora surgiu durante as gravações do filme lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho, no qual o diretor do Báladi teve participação como elenco de apoio e como consultor de língua e cultura árabe.

O grupo já se apresentou no Festival Internacional de Folclore de Juiz de Fora, e nas cidades de Santos Dumont, Niterói, Vassouras, Teresópolis, Rio de Janeiro, Fortaleza e Joinville. Além disto o Báladi também acumula vitórias individuais: a bailarina Bárbara Schlausher do Báladi venceu o concurso de dança do ventre no Rio de Janeiro.

Para quem quer saber mais!
O Centro Cultural Árabe Báladi realiza no dia 15 de junho, a 2ª Feira Cultural Árabe de Juiz de Fora. O evento será realizado no Clube Sírio e Libanês, num domingo das 10 às 20h, reunindo uma grande variedade de atividades artísticas e culturais sobre os costumes e as tradições árabes.

A Feira Cultural oferecerá estandes com produtos árabes como trajes típicos, jóias, tapetes, adereços, quadros e artesanatos que estarão à venda durante o evento. Para os supersticiosos será possível ler a sorte na borra do café e degustar pratos e doces típicos. Tufic acrescenta ainda que a Feira Cultural contará cm a venda dos produtos da Grife Mahaylah Zambak (BH) e com a participação de bailarinas convidadas do Rio de Janeiro, Brasília, Teresópolis, Petrópolis, Belo Horizonte, Três Rios e região.

Centro Cultural
O Centro Cultural Árabe Báladi tem o objetivo de resgatar um pouco das raízes sirio/libanesas, representando a colônia significativa e tradicional de Juiz de Fora. Especializado em Cultura Árabe, o Centro Cultural oferece cursos, workshops, oficinas, encontros, exposições e palestras, com o objetivo de divulgar a arte da dança e da cultura árabe.

O Centro conta ainda com um espaço para leitura, onde os visitantes encontram livros que falam sobre a cultura árabe, mais sobre os aspectos da história e da cultura do mundo árabe.

 

 

  • Agora que você já leu, ouça o trabalho do grupo Báladi. A música se chama Yá babur que significa O Návio em árabe.

     

  • Para maior informações, o Centro Cultural Árabe Báladi fica Clube Sírio e Libanês e o contato pelo telefone é (32) 9951-2022.

     

  • Conheça o Clube Sírio e Libânes