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Recordes em Fogo N?mero de queimadas no m?s de julho ? o maior dos ?ltimos 10 anos. Ocorr?ncias representam quase 50% dos casos de 2006

"Nem parece que estamos no inverno". Esse ? um dos coment?rios mais presentes em elevadores, pra?as e ?nibus de Juiz de Fora. Como se diz por a?, quando os "assuntos" chegam ? esses lugares ? porque est? debatido mesmo. Pudera, no tradicional m?s de temperatura mais baixa do ano, a m?dia em Juiz de Fora est? acima das registradas em outros anos.

Segundo o Laborat?rio de Climatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a m?dia da temperatura do m?s de julho tem ficado em 18,2 graus, contra 16 graus de invernos passados. Apesar da diferen?a parecer pequena, 2 graus, o inverno de 2006 realmente tem sido mais quente.

Como explica Renan Trist?o, bolsista do laborat?rio, ? preciso considerar as varia?es de temperatura que acontecem ao longo do dia, que acabam n?o deixando que a m?dia mensal tenha n?meros t?o grandes.

Segundo o bolsista, a manh? na cidade, por exemplo, tem tido temperaturas m?dias de 10 graus, o que ? normal e at? muitas vezes, abaixo da m?dia para essa ?poca do ano. Em contrapartida, as m?ximas est?o ficando muito altas, acima da m?dia, e por isso tem-se essa sensa??o de intenso calor.

Queimadas

Mas toda essa onda de calor e baixa umidade do ar, mais que deixar os casacos e cachec?is dentro do guarda-roupa, est? dando trabalho ao Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora. Nessas condi?es clim?ticas, o crescimento do n?mero de queimadas cresce inevitavelmente.

O que acontece ? que o aumento da temperatura interfere na umidade relativa do ar. H? v?rios fatores para an?lise, mas no caso espec?fico desse inverno em Juiz de Fora,as temperaturas mais altas tem deixado o tempo mais seco. Com a umidade baixa, a disponibilidade de ?gua no solo tamb?m fica menor. Para se adaptar ? nova situa??o, as plantas perdem as folhas e secam, o que, no caso das queimadas, ? o fogo se alastra mais facilmente.

Em Juiz de Fora, as condi?es clim?ticas desse m?s t?m assustado e batido recordes tamb?m. A m?dia de atendimentos de queimadas e inc?ndios realizada pelo 4? Batalh?o de Bombeiros s? durante o m?s de julho, ? o maior dos ?ltimos 10 anos.

O Capit?o Marcos Santiago (foto) foi quem apresentou os n?meros: 144 casos de queimadas somente em julho. Esses n?meros foram contabilizados na ?ltima quarta-feira, dia 26. Para se ter uma id?ia do que esse valor representa, no mesmo per?do do ano passado, foram 49 focos.

Comparando os n?meros de queimadas em julho com os outros meses de 2006, tamb?m pode-se tra?ar uma compara??o. De janeiro ? julho, foram 269 focos de inc?ndio, 144 apenas esse m?s.

A previs?o do Laborat?rio de Metereologia ? que que a partir desse final de semana, a chuva prevista reverta o quadro metereol?gico. Institutos de pesquisa como o Clima Tempo e o INPE, tamb?m confirmam a informa??o.

Fogo desnecess?rio ? crime

Conforme informa??o do Corpo de Bombeiros, toda pessoa que faz queimada indevida, pode ser processada por crime ambiental. Cada situa??o deve ser julgada por ?rg?o competente, mas quem for considerado extravagante, tem a obriga??o de reparar o dano.

Queimada indevida pode significar multa para o praticante, suspens?o de financiamentos e at? mesmo perda ou restri??o de benef?cios do governo.

Queimadas empobrecem o solo, favorecem eros?es, favorecem o efeito estufa, diminui as nascentes de ?gua, podem matar animais e prejudicar a flora, e se feitas em rodovias, podem causar acidentes de tr?nsito por causa do excesso de fuma?a.

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