Quinta-feira, 7 de maio de 2009, atualizada às 19h

Técnicos da Cesama visitam Muriaé e avaliam soluções de tratamento descentralizado de esgoto

Daniele Gruppi
Repórter

Técnicos da Cesama estiveram em Muriaé nesta quinta-feira, dia 7 de maio, com o objetivo de verificar a eficácia do sistema de tratamento descentralizado de esgoto.

Em Juiz de Fora, há duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), uma em Barreira do Triunfo e outra em Barbosa Laje. Segundo a Cesama, operam com 30% da capacidade total. Aproximadamente 6% do esgoto da cidade é tratado, sendo que deste percentual 18% está localizado na Zona Norte.

Em Muriaé, também existem duas estações de tratamento, que operam de forma diferente das ETEs de Juiz de Fora, pois estas abrangem áreas maiores. Em entrevista à Rádio Muriaé, o gerente de expansão da Cesama, Marcelo Amaral, afirmou que o sistema em funcionamento na Manchester Mineira tem um custo elevado para a implantação.

Conforme a Cesama, os técnicos vão avaliar o sistema e discutir a viabilidade de alterar a concepção para sistemas isolados a fim de atender a Cidade Alta, por exemplo. Amaral disse que em Muriaé a topografia é semelhante à da região e que as ETEs funcionam de forma integrada ao meio urbano.

Em Juiz de Fora, o esgoto depois de tratado é lançado no Rio Paraibuna. Segundo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), o índice de qualidade da água do Paraibuna que passa pela cidade é considerado ruim. Entretanto, o Rio não abastece o município. Os mananciais são as represas de São Pedro, João Penido e o Ribeirão do Espírito Santo.

ETE União Indústria

A construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União Indústria, em Granjas Bethel, uma complementação da ETE Barbosa Lage, está parada desde de junho de 2008, quando a Polícia Federal, durante a Operação João de Barro, apreendeu os processos da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora (PJF).

Iniciada em outubro de 2007, a obra ainda se encontra na fase de execução das estacas dos reatores e da construção dos prédios administrativos que integrarão a ETE. Até abril de 2008, foi aplicado o valor de R$ 2,5 milhões, tendo sido realizado 13,31% das construções.

A estação atenderá a 70% da população juizforana. A previsão é de que, em funcionamento, a ETE União Indústria terá uma vazão média de 860 litros por segundo. Segundo a Prefeitura, não há, por enquanto, meios para dar continuidade à obra, pois o Executivo não tem como conseguir recursos do governo, em função da dívida com o INSS, calculada em R$ 3,2 milhões.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes