Comissão Antidrogas e Polícia Federal unem-se contra uso de drogas em raves
Repórter
A Comissão Antidrogas da Câmara Municipal de Juiz de Fora e a Polícia Federal (PF) reuniram-se nesta segunda-feira, 25 de outubro, a fim de combater o uso de drogas em festas de longa duração, como as raves. Os vereadores Noraldino Júnior (PSC) e Francisco Evangelista (PP) tiveram uma conversa com o delegado regional da PF, Cláudio Nogueira, em que foram mostrados indícios de que as festas intensificam o uso de entorpecentes na cidade.
Segundo Júnior, presidente da comissão, a intenção é agrupar informações que convençam os demais vereadores de que o uso de drogas está também ligado à promoção de festas do tipo. "É um trabalho de esclarecimento, para mostrar a realidade que há por trás desses eventos. Segundo o delegado, a festa é um ponto de aumento do consumo de drogas e esse tipo de evento atrai a droga para o município." Como exemplo, o vereador citou a grande apreensão de drogas e a prisão de dois suspeitos, ocorridas em uma festa rave há uma semana.
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A busca de informações e o esclarecimento dos vereadores são justificados pela necessidade, de acordo com Júnior, de ser aprovado o projeto de lei em tramitação na Câmara que normatiza a realização de festas na cidade, delimitando a duração máxima de dez horas. "A intenção é coibir ou inibir o uso de drogas. É humanamente impossível ficar 24 horas em uma festa sem se alimentar adequadamente, como ocorre, a não ser que ocorra o uso de entorpecentes. Restringindo o número de horas, o uso de drogas vai diminuir", disse, assumindo que o projeto pode fixar a limitação para 12 horas.
O próximo apoio no combate às drogas será buscado junto às lideranças religiosas da cidade. Para o presidente da comissão, o trabalho de entidades ligadas à religião pode ajudar a fortalecer a luta da comissão. O grupo de vereadores irá também solicitar audiência pública sobre a relação das raves com o uso de entorpecentes.
Seminário Antidrogas
A comissão está organizando o Seminário Antidrogas, a ser realizado no início de 2011. As discussões e contribuições irão embasar a criação do Conselho Municipal de Políticas Antidrogas. O órgão seria responsável por manter o Fundo Municipal Antidrogas e, assim, ficaria capaz de captar recursos junto ao governo federal. "A visita à Polícia Federal também ajudou para que pudéssemos garantir a participação do delegado [Cláudio Nogueira] no seminário. Além dele, estamos agendando a vinda do secretário nacional de Políticas Antidrogas [Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa]."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken