Avanço na negociação reduz possibilidade de greve dos eletricitários em JF
Repórter
Um avanço na negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Juiz de Fora e a presidência da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) reduz a possibilidade de greve dos eletricitários em Juiz de Fora. Em reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, 9 de novembro, a empresa acenou para reajuste salarial de 5,76%, com possibilidade de chegar a 6%. Os sindicalistas lutam para que o aumento chegue ao patamar mais elevado. "A negociação está em regime de avanço e a proposta melhorou. Esperamos poder fechar a pauta com aumento de 6%, por isso, ainda há outras conversas com a Cemig. De qualquer forma, as portas estão abertas. Ainda não há motivo para uma greve", informa o diretor do sindicato, Antônio Vieira.
Houve avanço também na questão do adiantamento de um percentual da participação nos lucros, a ser pago no final do ano. Inicialmente, a Cemig estava resistente em oferecer a remuneração junto ao abono de fim de ano. "A empresa assumiu que pode dar esse adiantamento, o que já ajuda o servidor." Ainda assim, a categoria segue em "estado de greve", avisada de que uma paralisação por tempo indeterminado pode ocorrer, caso a pauta não evolua. Em Juiz de Fora, 150 funcionários pertencem ao quadro da Cemig. Cerca de 400 profissionais são terceirizados.
Em grande parte do Estado, os sindicalistas estão parados desde a última sexta-feira, dia 5. Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, assinada pela desembargadora Emília Facchini, aprovou liminar solicitada pela Cemig, que obriga que pelo menos 60% dos profissionais estejam trabalhando. A desobediência pode gerar multa de R$ 5 mil por infração. O Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG) decidiu, nesta terça-feira, 9, manter a greve, considerando, em nota, que a negociação "terminou sem avanços significativos na contraproposta da empresa". Segundo o sindicato, a empresa ofereceu reposição das perdas pela inflação e 0,8% de aumento real.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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