Taxistas denunciam permissionários que atuam de forma irregular em JF
Um documento que relata irregularidades entre permissionários do serviço de táxi de Juiz de Fora foi entregue à Comissão de Urbanismo, Transporte, Trânsito e Meio Ambiente e Acessibilidade da Câmara Municipal na tarde da última quinta-feira, 17 de julho. O levantamento aponta que, das 424 permissões concedidas na última licitação, cerca de 200 titulares não atuam na função. O último processo licitatório ocorreu em 2009.
Os diretores Sindicato dos Taxistas Auxiliares apresentaram o laudo com dados preliminares colhidos junto à Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e profissionais. Eles também alegaram que muitos usam laranjas para transferência da permissão e não trabalham nos veículos. A situação de cada um foi discriminada no documento.
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Durante a reunião, foi sugerido o uso do taxímetro biométrico, equipamento lacrado pelo Inmetro, como única forma de coibir o prosseguimento das irregularidades. O taxímetro só é acionado após leitura da impressão digital cadastrada do operador do veículo. O equipamento gera relatório e armazena informações, como quem esta trabalhando, tempo de cada corrida e número das realizadas.
Comissões irão agir de forma integrada
O presidente da Comissão, Zé Marcio (PV) se comprometeu em formalizar o processo de averiguação. O vereador Jucelio Maria (PSB) adiantou que a Comissão de Direitos Humanos participará dos trabalhos.
Ainda na reunião, foi enfatizada a necessidade de retomada do emprego dos demitidos, após a Audiência Pública realizada do dia 9 de julho. O presidente do Sindicato, Marcus Costa, o primeiro secretário, Geraldo José da Silva, e o segundo secretário, Júlio Maria Aragão Oliveira foram dispensados após o evento. As retaliações prosseguiram com a demissão de um profissional que manifestou apoio à diretoria.
Desde janeiro, os sindicalistas vinham participando de discussões na Settra sobre ajustes na legislação atual, mas foram informados que a Procuradoria Geral do Município orientou a elaboração de nova lei, o que leva os estudos à estaca zero. "Não queremos revogar placas e sim implementar normas de controle. Sabemos que o táxi é meio de vida de muitos trabalhadores. Há casos e casos," disse Marcus Costa. Ele deixou clara a necessidade de checagem dos dados repassados, adiantando que alguns foram coletados nas ruas.
Com informações da Câmara Municipal de Juiz de Fora