Obras das calçadas padronizadas na Santo Antônio serão retomadas até o final de abrilParadas desde dezembro de 2010, intervenções só voltarão a acontecer com a chegada do período de estiagem. Pesquisa indica aprovação de 73% da população

Clecius Campos
Subeditor
5/4/2011
Foto da calçada

Paradas desde 23 de dezembro de 2010, as obras de padronização das calçadas na rua Santo Antônio deverão ser retomadas até o final de abril. A informação é da secretária de Atividades Urbanas (SAU), Sueli Reis, uma das responsáveis por encabeçar o projeto. "As obras pararam por causa das chuvas e serão retomadas com a chegada do período de estiagem, que está previsto para a partir do dia 20 de abril. A padronização na Santo Antônio é um projeto-piloto, um teste. Caberá ao prefeito [Custódio Mattos] analisar como proceder nas demais vias de Juiz de Fora."

Segundo Sueli, as obras continuam nas calçadas cujos proprietários e administradores de imóveis já assinaram contrato com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para a execução compartilhada da intervenção. Isso porque, a construção das novas calçadas é subsidiada pela administração municipal, que financia 70% da obra. "A calçada é de responsabilidade do proprietário. Com essa ação, a Prefeitura faz um estímulo, para que as pessoas tenham suas calçadas bem mantidas, bem conservadas. O maior objetivo é evitar passeios com defeito, que podem causar risco à população."

Com o subsídio, o preço, por metro quadrado da nova calçada sairá a R$ 30 para os moradores da Santo Antônio. O menor passeio cadastrado pela SAU tem medida de 3,26 m² e sua padronização custará R$ 97,80. A maior calçada particular tem 167 m², com valor da obra contabilizado em R$ 5.010 para o proprietário. Já o passeio mais extenso existente na via pertence à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no entorno dos edifícios do Museu de Arte Moderna Murilo Mendes e do Restaurante Popular, e tem 182,43 m². A padronização naquela calçada custará, para a UFJF, R$ 5.472,90.

Mesmo tendo que desembolsar um valor extra para a reforma das calçadas, 30% dos proprietários e administradores de imóveis da Santo Antônio já firmaram contrato com a Prefeitura para a execução das obras. Segundo Sueli, foi realizada uma consulta, via carta, a 2.495 moradores, empresários e administradores de imóveis na Santo Antônio, convidando a população a realizar a obra. "Já estamos recebendo as respostas positivas, o que indica que a calçada foi aprovada. Além disso, uma pesquisa feita junto à população que vive e circula pela rua indicou a aprovação do projeto-piloto, iniciado no trecho já executado."

Pesquisa aponta 73,4% de aprovação

Foto da calçadaSueli refere-se à pesquisa realizada no início de março de 2011, que ouviu 601 residentes e transeuntes da via e que mostrou que 73,4% dos entrevistados gostaram do padrão da calçada da Santo Antônio. "O levantamento indica que as pessoas aprovam o novo passeio e é uma forma de democratizar as intervenções que são feitas na cidade. Outros números também mostram que a calçada foi bem aceita", informa o secretário de Comunicação — pasta responsável por encomendar a pesquisa —, Rodrigo Barbosa.

Os resultados da pesquisa mostram que 77% dos entrevistados responderam que gostariam que o padrão da calçada fosse implantado em toda a cidade. Sobre o padrão visual, 87,7% disseram que gostaram do passeio. "Quando a pergunta realizada foi sobre a importância da nova calçada, 79,7% disseram ser muito importante, 10,5% apontaram pouca importância, 3,3% disseram ser sem importância, 2,2% mostraram-se indiferentes e 4,3% não souberam ou não responderam. Todos os índices indicam aprovação."

Adequação à faixa de serviço

A adequação das caixas de serviço, postes, placas, lixeiras e árvores já existentes à faixa de serviço, marcada por blocos intertravados de cor avermelhada, está descartada. De acordo com Sueli Reis, a adequação deverá ocorrer apenas para as novas instalações que vierem a ser executadas na via. "A obediência à faixa de serviço serve para a estrutura no solo e subterrânea das concessionárias que atuam em Juiz de Fora. Hoje, não é razoável pedir que uma empresa faça a realocação de toda uma estrutura, pois demandaria custo elevado, além da discussão de quem seria responsável por financiar a adequação: se a empresa ou se a Prefeitura. Dessa forma, a faixa sinaliza que, daqui para frente, as novas instalações deverão ser feitas na área de serviço."

Como exemplo, Sueli menciona que a construtora de um edifício que será erguido na esquina da Santo Antônio com a Benjamin Constant já solicitou detalhes do projeto para cumprir a adequação. A Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), cuja rede passa, também, pela zona subterrânea da rua, informa, por meio da assessoria de comunicação, que ainda não foi notificada de qualquer adequação à nova calçada e, dessa forma, desconhece os detalhes do projeto, estando impossibilitada de emitir qualquer parecer ou opinião. Se seguir o cronograma inicial, as obras das calçadas na Santo Antônio deverão ficar prontas até agosto de 2011. Apenas o trecho entre as ruas Marechal Deodoro e Constantino Paleta teve a padronização executada.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken