Volta às aulas na UFJF deve levar mais 24 mil veículos para as ruasEntre os setores que devem registrar aumento no movimento devido à retomada das atividades pelos estudantes estão o de bares e restaurantes, além do comércio
Editora
3/3/2012
A volta às aulas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está marcada para a próxima segunda-feira, 5 de março, quando cerca de 13 mil estudantes devem retomar as atividades acadêmicas, e mais 1.600 calouros ingressarão na instituição neste primeiro semestre. Com isso, a expectativa é que ocorra aumento de 12% no fluxo de veículos que circulam pela cidade, passando dos 200 mil diários para 224 mil automóveis.
"Este aumento deve ser registrado até a quarta-feira, dia 7, já que existe a tendência de que os pais de estudantes que residem fora da cidade venham e acompanhem os filhos nesses primeiros dias. Depois do impacto inicial, é normal que os alunos se adequem às condições de transporte, passando a utilizar o transporte coletivo e as caronas", destaca o chefe do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), Jorge Lima. Ele lembra que o volume maior é provocado não apenas pelos estudantes, mas também pelo fluxo de professores e funcionários da UFJF.
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Para diminuir os transtornos acarretados pelo maior número de automóveis nas ruas de Juiz de Fora, Lima aponta algumas rotas alternativas. "Todos já sabem que a avenida Rio Branco é, hoje, um ponto crítico devido às obras que vêm sendo realizadas. Assim, os condutores podem utilizar vias como a rua Engenheiro Gentil Forn, que dá acesso à UFJF pelo pórtico Norte. Outra saída é usar a avenida Brasil, que faz todo o contorno da Rio Branco, com a possibilidade de acesso pelo Viaduto Augusto Franco." Outra via que deve ser evitada, além da Rio Branco, segundo Lima, é a avenida Olegário Maciel. "Ela já vem recebendo um grande volume de veículos devido às obras na Rio Branco. Com isso, também deve ser evitada."
Linhas de ônibus voltam ao normal
Ainda devido à volta às aulas na UFJF, de acordo com a assessoria da Settra, as linhas que servem à instituição voltam a circular normalmente a partir desta segunda-feira, 5. Há uma redução no número de linhas a cada período de férias. O ônibus que faz a linha 525, que circula atualmente com um carro, volta a fazer o trajeto com onze veículos. A linha 535, que hoje conta com um veículo, passará a quatro automóveis. Já as linhas 545 e 555, que foram retiradas de circulação durante as férias, voltam a contar com um carro cada uma.
A assessoria da pasta destacou, ainda, que as obras que vinham sendo realizadas próximo à entrada do pórtico Sul da UFJF já foram concluídas. No local, foi feita a ampliação da pista entre a rua Vicente Beguelli e a entrada da instituição. Houve, ainda, a implantação de semáforos na região.
Setor de bares e restaurantes aguarda incremento de até 30%
Um dos setores que sentem a chegada dos alunos e dos calouros à cidade é dos bares e restaurantes. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), João de Matos Neto, a expectativa é que haja aumento no movimento entre 20% e 30% em comparação com os dias normais. "Como o percentual de alunos da UFJF que são de outras cidades é alto, isso faz com que esses estudantes incrementem o movimento não só nos restaurantes, mas também em bares e casas noturnas."
Comércio espera alavancar vendas em 6%
O comércio também costuma sentir os efeitos da volta às aulas na UFJF. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, embora o órgão não desenvolva uma pesquisa com este foco, é notado que o incremento tenha início antes mesmo do retorno ou da chegada dos alunos. "Muitos pais vêm antes, acompanhando os filhos, para conhecer a cidade, e acabam efetuando compras aqui. Essas compras não estão apenas ligadas aos materiais escolares, mas também à aquisição de peças de vestuário e de móveis e produtos, como eletroeletrônicos, para casa. Creio que o movimento cresça, motivado pelos estudantes, cerca de 6% em comparação com dias normais."
Os textos são revisados por Mariana Benicá