Rua Santo Ant?nio abriga patrim?nios culturais Tiro de Guerra 17, Forum da Cultura e casa n?mero 210 s?o
referenciais de Juiz de Fora no s?culo XX


Daniele Gruppi
Rep?rter
18/11/2008

Poucos dos casar?es antigos, que caracterizavam a Santo Ant?nio do s?culo XX, foram preservados. No lugar, ergueu-se pr?dios e constru?es modernas, formando a atual paisagem. Segundo o arquiteto e diretor do patrim?nio do Instituto de Arquitetura do Brasil, Marcos Olender, a rua ? o testemunho hist?rico do boom imobili?rio urbano no centro de Juiz de Fora.

Mant?m-se vivo ainda o Tiro de Guerra 17, o Forum da Cultura e a casa n?mero 210, patrim?nios hist?ricos que a rua abriga, considerados referenciais da mem?ria do juizforano.

"Os bens tombados s?o vinculados a uma institui??o. No caso da constru??o n?mero 210, a press?o imobili?ria foi menor devido ao potencial construtivo do terreno. Quanto maior o espa?o, mais visado ele ?, e por isso, mais dif?cil de ser preservado, j? que permite grandes edifica?es."

Conhe?a os bens tombados da rua Santo Ant?nio
Tiro de Guerra 17

O im?vel situado ? rua Santo Ant?nio, 110 foi constru?do para alojar a sede do Tiro de Guerra 17, fundado em 1908 pelo tenente Jo?o Marcelino Ferreira da Silva, que aposentara-se como general de reserva.Foi uma das primeiras Sociedades de Tiro do pa?s.

As atividades da Sociedade foram encerradas pelo governo Get?lio Vargas. O edif?cio-sede foi doado ? Sociedade Beneficente Sopa dos Pobres. Ao Centro Esp?rita Ven?ncio Caf? foi concedido o usofruto para todo sempre do segundo pavimento do referido pr?dio.

V? se na parte frontal do pr?dio gravado em alto relevo as Armas da Rep?blica, caracterzando a destina??o do edif?cio - Tiro de Guerra. Considerado um marco que imprime significado hist?rico a um contexto urbano que passa pelos fen?menos de adensamento e de verticaliza??o.

Foto do Tiro de Guerra 17 Foto do Tiro de Guerra 17 Foto Tiro de Guerra 17

Fonte: Funalfa

Forum da Cultura

Foto do Forum da Cultura A Vila Ceci localizada ? Rua Santo Ant?nio, 1112 foi constru?da na d?cada de 20 pelo Doutor Cl?vis Mascarenhas. Em setembro de 1928, a casa foi vendida para Domingos de Ara?jo. Em janeiro de 1953, a Faculdade de Direito de Juiz de Fora adquiriu o im?vel e neste a referida faculdade permaneceu at? agosto de 1972. Em 1972, o Forum da Cultura, n?cleo divulgador da cultura local, foi criado.

O pr?dio abriga o Forum da Cultura, com as seguintes entidades: Coral Universit?rio, Centro de Estudos Teatrais-Grupo Divulga??o, Associa??o de Cultura Luso-Brasileira, Museu de Folclore da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Instituto Hist?rico e Geogr?fico de Juiz de Fora.

A edifica??o implanta-se no terreno conforme os esquemas estrangeiros dos "bairros-jardins", libertando-se dos limites dos lotes. Apresenta grande afastamento frontal com tratamento paisag?stico e afastamentos laterais menores. No limite do passeio, ergue-se mureta de alvenaria interrompida por pilaretes que estruturam o gradil de ferro fundido.

Foto do Forum da Cultura Desenvolve-se em dois pavimentos, com volumetria compacta, destacando-se desta a fachada em composi??o sim?trica de influ?ncia neocl?ssica e cobertura em telhas francesas com beiral em laje. No eixo da composi??o, encontra-se, em primeiro plano, a varanda estruturada por pilares e colunas toscanas que sustentam no pavimento superior, terra?o com guarda-corpoem balaustrada.

O pavimento t?rreo possui v?o da porta principal em verga reta e v?os das janelas de peitoril em forma de asa de cesto. Todas recebem moldura em massa e esquadrias em madeira vedadas por vitrais coloridos. O pavimento superior possui uma janela rasgada tripartida que permite o acesso ao terra?o. As janelas laterais geminadas possuem vergas retil?neas e s?o ligadas por peitoris salientes sustentados por pequenos modilh?es, sendo estas vedadas por folhas de madeira em venezianas.

Foto da escadaria do
Forum da Cultura As fachadas laterais s?o vazadas por sequ?ncia de v?os de vergas retil?neas, esquadrias de madeira e veda??o de folhas em venezianas e basculantes (resultado de interven?es posteriores) de ferro e vidro.

Internamente, o edif?cio ? marcado por amplos espa?os adaptados para o uso atual do mesmo. A maioria das paredes do pavimento t?rreo apresentam pinturas parietais encobertas por camadas de tinta aplicadas posteriormente. O pavimento ? acessado por escadaria de madeira em caracol, que exibe bala?stres ricamente trabalhados, e uma est?tua feminina sustentando a lumin?ria. Os forros de madeira s?o constitu?dos por v?rios n?veis, recebendo ilumina??o embutida sob as cimalhas. O piso de todo o edif?cio ? revestido por tacos em duas cores que formam desenhos geom?tricos.

Fonte: Funalfa

Casa, rua Santo Ant?nio, 210

O im?vel situado ? rua Santo Ant?nio, 210 ? uma edifica??o t?rrea, de estilo ecl?tico, constituindo um conjunto arquitet?nico, junto ?s edifica?es de n?meros 287 e 306 da rua Silva Jardim, constru?es cujas propostas de tombamento j? foram aprovadas pela Comiss?o Permanente T?cnico Cultural (CPTC). A casa arremata o conjunto arquitet?nico constituindo-se em elos de liga??o do mesmo com a rua Santo Ant?nio. Trata-se de um dos poucos conjuntos arquitet?nicos ecl?ticos remanescentes existentes no centro de Juiz de Fora.

Possui pavimento ?nico com as fachadas dispostas sobre os alinhamentos das vias p?blicas. A horizontalidade da composi??o ? bem marcada pela seq??ncia ritmada dos v?os, muito deles, atualmente, entaipados, pelo entablamento e pela platibanda retil?nea capeada de telhas francesas, emoldurada por faixas ressaltadas de massa. Funciona como um estabelecimento comercial e a pintura n?o corresponde ? original.

Foto da lateral casa Foto da casa Foto do detalhe da parte superior da casa

Fonte: Funalfa